A diversidade marca a 7.ª edição do festival internacional de curtas-metragens Leiria Film Fest, que apresenta 63 filmes entre 11 e 15 de março em Leiria e na Batalha.

O festival foi apresentado esta terça-feira no Mosteiro da Batalha, assinalando a criação de uma extensão no concelho.

O organizador Bruno Carnide destacou o facto de a seleção final se debruçar sobre um conjunto de “temas polémicos”, relacionados com questões de género, racismo, problemas climáticos, relações pessoais, política ou terror.

Costumamos olhar para os filmes que temos e dizer que, no conjunto, são sobre o tema x ou y. Este ano não é possível colocá-los numa gaveta. Refletem a sociedade de hoje em dia”, constituindo “um conjunto muito fragmentado, sobre temas polémicos”, frisou o diretor do Leiria Film Fest.

Ao todo, entre as mais de 900 candidaturas apresentadas, há 25 curtas selecionadas para os diversos prémios a concurso. Em conjunto com as sessões especiais – uma com curadoria de Edgar Pêra – são 63 filmes a exibir em salas de Leiria, entre 11 e 13 de março, e na Batalha, dias 14 e 15 de março, alguns em estreia nacional e mundial.

Para Bruno Carnide, é também relevante o número de realizadores que estará presente nesta sétima edição, nomeadamente o romeno Bogdan Muresano e luso-guineense Welket Bungué: “São nomes importantes e a sua presença enriquece o festival. Praticamente todos os realizadores vão estar presentes. É a primeira edição em que isso acontece”, disse o também realizador, admitindo que essa é uma “conquista” da organização.

Segundo Bruno Carnide, nas primeiras edições do festival, Leiria era um destino recusado por alguns realizadores de Lisboa e Porto.

“Diziam que vir para Leiria era como ir a uma aldeia… Nestes sete anos o festival tem mudado mentalidades no território nacional. É uma luta que temos tido estes anos todos. Já não é estranho um realizador de Lisboa querer mostrar o seu filme em Leiria ou querer estar presente no festival, sem termos de pagar a alguém para isso”, concluiu.

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