Quase 150 polícias suicidaram-se desde 2000 e o número de agressões a agentes da PSP e GNR quintuplicou, revela o estudo apresentado na quarta-feira em Gaia, no Congresso da Eurocop (confederação de sindicatos de polícias de 27 países europeus), avança o Jornal de Notícias.

“Infelizmente, em Portugal, estamos na primeira linha da Europa em suicídios”, lamentou Miguel Rodrigues, dirigente do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) e professor universitário, em entrevista ao jornal.

O estudo que Miguel Rodrigues realizou prova que a maioria das vítimas são homens, com idades entre os 38 e os 40 anos, que puseram termo à vida com a arma de serviço, com um disparo na cabeça, por norma em casa ou no local de trabalho. O estudo acrescenta ainda que, entre 2017 e 2018, o número de agressões a elementos das forças de segurança aumentou de 216 para 1019.

O chefe da polícia afirmou que as causas dos 149 suicídios são, essencialmente, problemas no serviço e, por isso, sublinha que devem ser melhoradas as “condições de trabalho” e os “vencimentos” e que os polícias devem ter “mais apoios das chefias, mais facilidades de deslocação para perto das famílias e até apoio da própria sociedade”.

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