A pandemia do coronavírus promete atingir um número de infectados assustadoramente elevado durante as próximas semanas. Daí que os países e as cidades mais afectados procurem soluções para tratar os pacientes que não deixarão de surgir. Soluções há várias, de hospitais-tenda temporários à adaptação de hotéis para locais de tratamento, mas Nova Iorque resolveu seguir uma estratégia diferente ao recorrer ao maior navio-hospital do mundo.

De acordo com o US Naval Institute, o Pentágono ordenou a preparação do navio-hospital USNS Comfort, bem como do seu irmão gémeo USNS Mercy, para o combate ao vírus que veio da China. O USNS Comfort já zarpou do porto de Norfolk, na Virgínia, rumo a Nova Iorque, onde o governador Andrew Cuomo aguarda que as suas 1000 camas e 12 salas de operação ajudem a mitigar as necessidades médicas da cidade.

Os USNS Comfort e Mercy, com 272 metros de bitola e 32 metros de boca, foram lançados ao mar em 1975 a partir do National Steel and Shipbuilding, em São Diego. À época não eram navios-hospital, mas sim petroleiros, actividade que continuaram a desenvolver até 1987. Nesse mesmo ano foram convertidos em hospitais flutuantes, tendo apoiado as tropas americanas durante as guerras do Golfo e Iraque, entre outras, além de ter prestado apoio humanitário durante os ataques a Nova Iorque a 11 de Setembro, o terramoto no Haiti e o furacão Katrina. A batalha contra o coronavírus é a sua próxima guerra.

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