O norte-americano Lance Armstrong, que perdeu por doping as sete vitórias na Volta a França em bicicleta, disse esta terça-feira que o espanhol Alberto Contador foi “o mais forte” no Tour de 2009.

O norte-americano respondeu a críticas lançadas pelo espanhol, que tinha garantido, numa entrevista, que a formação da Astana, na qual os dois eram colegas de equipa sob a direção do belga Johan Bruyneel, tinha favorecido Armstrong.

Na prova, ganhou o melhor, e esse não fui eu”, atirou o antigo ciclista, agora com 48 anos, que se escusou a “recordar quem provocou esta ou aquela fricção no autocarro, ou quem teve rodas de contrarrelógio”.

Bruyneel também reagiu à polémica, dizendo que “não houve nenhuma conspiração” contra Contador nesse ano, e estranhou “que Alberto não tenha falado de nada disto antes”, depois de o espanhol acusar a equipa de o ter atacado, não o apoiando nas etapas decisivas em favor de Armstrong e até de não lhe comprar uma roda de contrarrelógio para o “crono” final.

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Não quero atacá-lo, porque foi um grande campeão, e o melhor por etapas da sua geração na primeira metade da carreira, antes de se encontrar com Chris Froome. […] Queria ganhar o Tour, não queria perder por nossa culpa. Eu dirigia a Astana, não Contador nem Armstrong, e o Alberto era a nossa carta porque era o melhor ciclista”, garantiu o belga.

O diretor rejeitou ainda que tenha deixado “cair” o espanhol na quarta etapa, em que perdeu 40 segundos para o grupo em que seguia Armstrong, e garantiu que a rivalidade se devia a gerir egos de “dois machos alfa”.

A vitória de 2009, para a qual contribuiu o português Sérgio Paulinho, um dos gregários na Astana, foi a última de duas na “Grande Boucle” para Contador, depois de 2007. O madrileno venceu ainda a prova francesa na estrada em 2010, mas este triunfo foi posteriormente anulado por doping.