A apresentação dos resultados referentes ao ano fiscal de 2019, revelados em fim de Março, levantou a ponta do véu sobre alguns dos segredos que a Mazda está a preparar para breve. Uma das mais importantes diz respeito ao Mazda 6, a berlina topo de gama do construtor nipónico, que na próxima geração irá trocar a actual tracção às rodas da frente para dar preferência à tracção traseira.

Esta mudança só é possível por a marca se preparar para introduzir uma nova plataforma que denomina Large Architecture, que monta a tracção principal no eixo posterior, o que não impedirá que surjam também versões com tracção à frente (nos veículos 4×4), o que será útil para os SUV. O objectivo é proporcionar uma utilização mais refinada, em termos de ruídos e de vibrações, bem como um comportamento mais eficiente e divertido, o que é mais fácil de conseguir com tracção atrás do que à frente.

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Para adoptar a Large Architecture, a Mazda tem de abrir mão das mecânicas actuais. As caixas têm de ser diferentes e até os motores têm de apresentar algumas alterações, ainda que ligeiras, uma vez que o motor deixará de estar em posição transversal, passando a ser “enfiado” no capot da frente em posição longitudinal. Isso permite uma melhor distribuição de massas pelos dois eixos (uma vez que motor e caixa deixam de estar exclusivamente em cima do eixo da frente), melhorando o comportamento em curva.

Juntamente com a nova plataforma, a Mazda vai introduzir também novos motores a gasolina e a gasóleo, agora com seis cilindros em linha em vez dos quatro que até aqui utilizava, o que torna o motor mais suave, com menos vibrações e uma sonoridade mais agradável.

A maioria dos concorrentes está a dar preferência aos motores híbridos plug-in nos topos de gama de dimensões similares, mesmo na BMW, Mercedes e Audi, pelo que esta decisão da Mazda – que não sai nada barata – causa alguma surpresa.

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