A bicicleta serve o ser humano desde o século XIX como meio de transporte e, de início, nem sequer tinha pedais. Contudo, os tempos mudam e, com eles, a tecnologia e o design. A mais recente prova chega-nos através da YikeBike, um veículo de duas rodas que pretende ser o mais pequeno do mercado, além de dobrável, eléctrico e… estranho, mais que não seja pela posição de condução, em que quem vai aos comandos parece que foi “atropelado” pela sua própria bicicleta.

A YikeBike – o nome também não ajuda… – foi concebida há alguns anos pelo neozelandês Grant Ryan, que entretanto tem vindo a aperfeiçoar a sua criação, recorrendo às mais recentes tecnologias. A primeira versão da YikeBike era conhecida como Fusion e já não se produz. Depois surgiu a Model V e a seguir a Model C, que na versão mais acessível era transaccionada por 4995 dólares, cerca de 4450€. Se o preço é elevado, a estranha bicicleta compensa ao pesar apenas 10 kg e, uma vez dobrada, não ultrapassar 15x60x60 cm, o que facilita o seu transporte na mão ou pendurada no ombro.

Se para alguns 10 kg pode não ser pouco, é bom ter presente que esta bicicleta é eléctrica, o que significa que algures no seu interior está instalada uma bateria. É esta que lhe assegura a capacidade de percorrer até 20 km, com o ciclista sentado no guiador, como se tratasse de um forcado a levar uma cornada de um bezerro.

A velocidade máxima é de 23 km/h, sem que o condutor possa pedalar para ajudar a manter ou a incrementar a velocidade, caso a bateria esteja a fraquejar. E a única altura em que o condutor evita aquela estranha posição é quando a bateria acaba e o utilizador tem de levar a YikeBike às costas. Felizmente, é leve…

Se considera a YikeBike estranha – tranquilize-se, pois certamente não estará sozinho –, saiba que há quem goste. Por exemplo, o Guinness reconheceu-a como a bicicleta dobrável e eléctrica mais pequena do mundo, enquanto os alemães a distinguiram com o German Design Award, tendo esta criação neozelandesa vencido ainda o Green Dot por sustentabilidade, o HiTech Hardware Award e o Katerva Award. E, se ainda tem dúvidas, o Museu de Design de Londres fez questão de a integrar numa exposição permanente. Tudo indica que o que é estranho está na moda…

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