A bolsa nova-iorquina fechou esta quinta-feira em alta, antes de um fim de semana prolongado, graças à criação de emprego nos EUA em junho e a um recuo mais importante do que previsto da taxa de desemprego.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,36%, para os 25.827,42 pontos. O tecnológico Nasdaq voltou a fechar em nível recorde, depois de valorizar 0,52%, para as 10.207,63 unidades, e o alargado S&P500 subiu 0,45%, para as 3.130,01.

À semelhança da maioria das praças financeiras, Wall Street vai estar fechado na sexta-feira, na véspera do feriado nacional que assinala a independência dos EUA, e reabrir as suas portas na segunda-feira de manhã. No conjunto desta semana reduzida, o Dow Jones e o S&P500 avançaram 4% e o Nasdaq 4,6%.

Apesar de uma ligeira descida em final de sessão, os principais índices nova-iorquinos beneficiaram esta quinta-feira dos números do emprego nos EUA divulgados pelo Departamento do Trabalho.

A economia norte-americana criou 4,8 milhões de empregos em junho — um recorde mensal — graças à reabertura dos estabelecimentos comerciais, dos bares e restaurantes, o que permitiu uma descida do desemprego mais importante do que previsto.

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A taxa de desemprego desceu de 13,3% em maio para 11,1%, com os analistas a esperarem apenas uma descida para 12,6%. Contudo, esta taxa está muito longe do mínimo histórico de 3,5%, que se registava em fevereiro, antes da pandemia.

“Foi o segundo mês consecutivo em que os números do desemprego excederam, e de longe, as expectativas”, salientou Adam Sarhan, fundador da 50 Parks Investments. Segundo este investidor, isto “sustenta a ideia de que a situação está a melhorar não só em Wall Street, mas também para o grande público”.

Sobre outros indicadores da economia dos EUA, divulgados esta quinta-feira, o défice comercial agravou-se 10% em maio, com a economia a funcionar lentamente, devido à pandemia, conforme os dados do Departamento do Comércio.

As encomendas industriais aumentaram fortemente em maio, acabando com dois meses de descida, mas ainda estão longe do nível anterior à crise, segundo as estatísticas publicadas pelo mesmo Departamento. Mas os investidores já estão com as atenções focadas nos resultados trimestrais das cotadas.

“As expectativas são muito baixas, o que significa que se os números forem bons, isso pode abrir a porta a uma progressão ainda mais elevada dos índices”, antecipou Sarhan.