O Novo Banco “não vende imóveis a desconto”, garante. Em comunicado, banco liderado por António Ramalho garante que são “totalmente infundadas” as notícias que dão conta de vendas de ativos imóveis a valores abaixo do mercado”.

Para a venda do “excesso de imóveis que havia herdado do passado”, o Novo Banco explica que lançou “dois concursos internacionais abertos e transparentes”, criando duas carteiras a que chamou Viriato e Sertorius.

No Viriato 47% da carteira eram imóveis residenciais e os restantes, terrenos, industriais ou comerciais sem uso. Foram contactados 48 investidores, foram recebidas 7 propostas, selecionadas as duas propostas mais altas para uma negociação final ganha pela Anchorage Capital Group, L.L.C.. A venda foi aprovada nos órgão estatutários do Banco e para 17% da venda que estava protegida pelo Mecanismo de capital Contingente obtida a autorização do Fundo de Resolução. Esta carteira de imóveis foi vendida por 364 milhões de euros.

No Sertorius 13% da carteira eram imóveis residenciais, 6% hotelaria e o restante terrenos, industriais ou comerciais sem uso. Foram contactados 48 investidores, recebidas 5 propostas, selecionados 3 investidores dos quais dois estiveram na negociação final ganha pela Cerberus Group. A venda foi aprovada nos órgão estatutários do banco e para 20% da venda que estava protegida pelo Mecanismo de Capital Contingente obtido a autorização do Fundo de Resolução. Esta carteira de imóveis foi vendida por 159 milhões de euros”.

Assim, diz o banco, “o montante de 523 milhões de euros foi o preço de mercado obtido para estes imóveis através de concursos internacionais, transparentes e abertos”.

“A diferença quanto ao valor de avaliação no balanço destes imóveis, que sempre pode existir, não é um desconto, é o efeito da diferença entre o preço de mercado e o valor de avaliações que seguem o método de custo ou que assumem diferentes estimativas de capacidade construtiva”, sublinha o Novo Banco, desmentindo uma notícia publicada esta semana pelo jornal Público.

As vendas são todas sujeitas aos direitos de preferência em vigor em Portugal e previamente inseridas no Portal casa pronta para esse efeito.”

“O Novo Banco continuará a procurar reduzir a sua carteira de imóveis não afetos à exploração conforme as exigências regulatórias”, termina o banco.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR