Carlos Carvalhal tinha deixado o mote antes do encontro do Rio Ave frente ao Boavista, lamentando algumas lesões que tiraram alguns encontros a Taremi na Primeira Liga que podiam ter ajudado e muito o avançado iraniano a ter outra posição na lista dos melhores marcadores do Campeonato. Ficou, ainda assim, uma garantia: a equipa de Vila do Conde tentaria ajudar a principal referência ofensiva nesse particular. E se Helton Leite ainda conseguiu evitar uma grande oportunidade, nada conseguiu fazer para travar o bis que deu o triunfo ao Rio Ave.

A diferença no dérbi foi curta, a distância entre os rivais é demasiado grande (a crónica do Benfica-Sporting)

Contas feitas, Taremi saltava para a liderança dos melhores marcadores, com os mesmos golos de Pizzi, mais um do que Carlos Vinícius e a vantagem no confronto direto de ter jogador menos minutos. Dérbi à parte, o médio do Benfica tinha um outro jogo particular com o Sporting: marcar e ganhar um título altamente improvável no início da temporada de acabar as 34 jornadas da Primeira Liga como o principal goleador da competição. E não foi por falta de tentativas que o internacional português falharia esse objetivo, acrescente-se.

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Luís Maximiano fez uma grande defesa logo no décimo minuto, houve um remate ao lado com perigo aos 16′, duas jogadas combinadas em livres que acabaram com tentativas prensadas na defesa ou de raspão na bola. De golos, nada. E depois de já ter começado o lance do primeiro golo, com a marcação de um canto que teve Rúben Dias na assistência e Seferovic no toque final, o médio fez a assistência para o 2-1 de Carlos Vinícius que decidiu não só o dérbi mas colocou o brasileiro como Bota de Prata da presente temporada com mais um que Pizzi e Taremi (apesar das dúvidas nos comunicação social em relação a um com o Marítimo, que a partir do momento em que é considerado pelo jornal A Bola tem de passar a contar porque é a publicação que dá esse galardão).

Desta forma, o internacional português termina o Campeonato com os 34 jogos realizados (2.826 minutos), um recorde pessoal de 18 golos e ainda mais 11 assistências de bola corrida, o máximo na competição, num total de 14. Ou seja, o MVP da Primeira Liga bateu todos os registos aos 30 anos mas acabou a época sem qualquer troféu, tendo ainda mais uma oportunidade para isso na final da Taça de Portugal frente ao FC Porto, no próximo sábado.

É aí também que Pizzi vai arriscar uma outra marca: com 30 golos marcados em 50 partidas realizadas no Benfica em 2019/20, entre Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga, Supertaça, Liga dos Campeões e Liga Europa, o internacional está a dois golos de igualar o registo alcançado por Bruno Fernandes na última temporada, quando bateu o recorde de golos marcados por um médio das principais ligas europeias numa só época.