O primeiro ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus considerou esta sexta-feira “bastante saudável” a iniciativa do governo português de conceder uma moratória sobre os empréstimos diretos concedidos a São Tomé e Príncipe.

Temos estado ao nível diplomático a conversar com os nossos parceiros, uma vez que somos um estado que depende muito das ajudas externas e esta decisão do governo português, no alinhamento com o Club de Paris é bastante saudável”, disse à Lusa Jorge Bom Jesus.

No dia 5 de agosto, o Governo português anunciou que concedeu uma moratória aos pagamentos até 31 de dezembro de 2020, relativos aos empréstimos diretos concedidos a São Tomé e Príncipe, na sequência dos pedidos apresentados pelo executivo são-tomense.

Nós felicitamos e isso demonstra o nível de relacionamento e de cooperação existentes entre os dois países e, em relação a São Tomé e Príncipe, esses alívios vai permitindo-nos também racionar os recursos disponíveis e continuarmos a trabalhar, sobretudo no relançamento do setor privado”, referiu o chefe do governo.

O chefe do executivo considera que a iniciativa governamental portuguesa permitirá ao seu governo “criar riqueza” para “melhor prestação nas áreas sociais como a educação, saúde e proteção social”.

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O governante defendeu que o impacto futuro do período pós-pandemia “será imprevisível” e “todo o apoio dos parceiros é sempre muito bem vindo”.

Jorge Bom Jesus defende, contudo, que independente das ajudas externas, “o são-tomense tem que contar, em primeiro lugar, consigo próprio, trabalhar cada vez mais e não estar na expetativa dos perdoes de divida”.

Segundo o executivo português, “a adoção desta medida de suspensão do pagamento de capital e juros vai determinar uma negociação, até setembro próximo, de acordos de moratória” com os dois países africanos de língua oficial portuguesa até setembro e o “estabelecimento de novo plano e condições de empréstimos”.