Grande parte da calota polar da Groenlândia, com cerca de 110 quilómetros quadrados, rompeu-se no nordeste do Ártico, devido às rápidas alterações climáticas, segundo os cientistas.

A secção do gelo separou-se de um fiorde chamado Nioghalvfjerdsfjorden que tem cerca de 80 quilómetros de comprimento e 20 quilómetros de largura, informou hoje o National Geological Survey da Dinamarca e Groenlândia.

O degelo situa-se no final da Corrente de Gelo do Nordeste da Groenlândia, de onde flui da terra para o oceano.

As mudanças anuais na altura do degelo da maior plataforma de gelo do Ártico, no nordeste da Groenlândia, são medidas por imagens óticas de satélite, segundo o centro de pesquisa GEUS.

As imagens mostram que as perdas de área nos últimos dois anos excederam 50 quilómetros quadrados.

“Devemos preocupar-nos com o que parece ser uma desintegração progressiva na maior plataforma de gelo remanescente do Ártico”, disse Jason Box, professor do GEUS.

“Outro pedaço enorme de gelo marinho vital caiu no oceano”, afirmou, por sua vez, a porta-voz da organização ecologista Greenpeace, Laura Meller, que está a bordo do navio Arctic Sunrise.

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“Este é mais um sinal de alarme provocado pela crise climática num Ártico em rápido aquecimento”, referiu.

Na semana passada, Ruth Mottram, uma cientista do Instituto Meteorológico Dinamarquês em Copenhaga, disse que “este ano, a camada de gelo perdeu mais gelo do que foi adicionado na forma de neve”.

“O que é curioso é que se nós tivéssemos visto esse colapso há 30 anos, teríamos classificado como extremo. Isto quer dizer que, nos últimos anos, acostumámo-nos a um colapso acelerado”, acrescentou.