Um pouco à semelhança do que aconteceu com o basquetebol, o voleibol nacional aproveitou o recomeço de todas as provas para lançar uma competição a valer título logo a abrir, neste caso a Supertaça e com um novo formato. No entanto, e aqui de forma quase oposta ao que se passou no basquetebol, os dirigentes federativos não tiveram alternativa a não ser adiar uma das meias-finais da prova, após um surto que infetou cinco elementos do Sporting e colocou os restantes membros em isolamento. Quase três semanas depois, havia o primeiro dérbi.

Sporting tem mais dois casos positivos no futebol mas é em Alvalade que estão agora centradas as preocupações

As primeiras indicações da época mostraram quase uma continuidade em relação à última temporada: um Benfica melhor, mais rotinado e mais coeso, a ganhar de forma convincente os dois jogos preliminares da Supertaça com São Mamede e Sp. Espinho antes de entrar no Campeonato com três triunfos pela margem máxima, e um Sporting ainda a tentar adquirir processos com as mexidas promovidas no plantel por Gersinho, como se viu na derrota com o Fonte Bastardo na Supertaça e no triunfo frente ao Sp. Espinho no Campeonato. No final de um jogo com muita emoção, os encarnados ganharam mesmo com uma grande recuperação de 0-2 para 3-2.

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O primeiro set ainda teve algum equilíbrio nos pontos iniciais até ao parcial de 6-0 dos leões que passaram para a frente por 12-4 ganhando supremacia nas rotações com Paulo Silva no serviço e no ataque de Roberto Purificação. Marcel Matz, técnico das águias, ainda tentou por duas ocasiões travar a marcha no marcador mas o conjunto verde e branco fechou mesmo em 25-15. O segundo parcial foi diferente, com o Sporting a entrar melhor mais uma vez mas o Benfica a ter uma boa recuperação, virando mesmo uma desvantagem de três pontos e tendo dois de avanço na parte final. No entanto, e mais uma vez, um parcial de 5-0 decidiu o segundo set em 25-22.

Apesar de novo desaire, os encarnados estavam melhores no jogo. Mais confiantes, mais agressivos, mais ligados. E foi isso que determinou o vencedor do terceiro parcial, com o Benfica a aproveitar a quebra na eficácia de serviço do rival para melhorar muito em termos ofensivos e conseguir também uma vantagem sólida a meio do set com um 5-0 para 19-11, fechando com um 25-19 que não demonstrou na totalidade essa vantagem. Ficava tudo em aberto para o parcial que teria maior variações de resultado e momentos do jogo, com os dois distribuidores a brilharem e, no plano individual, Paulo Silva a voltar à melhor fase para ganhar quatro pontos e empatar a 13. As águias viriam a conseguir uma curta vantagem com Raphael Oliveira e André Aleixo em destaque, ganhando por 25-23 e levando todas as decisões para a “negra”, onde voltaram a ser mais fortes com o parcial de 15-11.

Desta forma, o Benfica, que ganhou oito das últimas nove Supertaças, vai tentar revalidar o título ganho nas duas últimas temporadas frente à única equipa que se intrometeu nesse domínio, o Sp. Espinho, que ganhara a 19 de setembro ao Fonte Bastardo por 3-1. De acrescentar que os encarnados são a equipa com mais troféus na prova, num total de nove desde 1989, mais quatro do que os tigres e o Castelo da Maia.

Benfica conquista Supertaça de voleibol pela oitava vez