Mais 170 guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, começaram esta segunda-feira a ser desmobilizados na base de Mabote, sul do país, juntando-se ao processo de desmilitarização, desarmamento e reintegração (DDR) em curso no país.

Encoraja-nos saber que este processo vai de acordo com o planificado”, referiu André Majibire, secretário-geral da Renamo e membro da comissão mista que acompanha o processo.

Tudo está a correr como nos prevíamos e queremos aproveitar este momento para apelar a todos os combatentes, mesmo àqueles que se desviaram deste rumo, para abraçarem este processo”, acrescentou, numa alusão aos dissidentes que têm feito ataques armados contra civis no centro do país.

A base de Mabote a desmobilizar até sexta-feira situa-se na província de Inhambane e o encerramento surge no âmbito do acordo de paz celebrado em 2019 entre o Governo e a Renamo.

Depois de um arranque simbólico no ano passado, o DDR esteve paralisado durante vários meses, tendo sido retomado em 4 de junho.

O total de desmobilizados ascende a 1.470, num processo que deverá terminar no próximo ano abrangendo 5.000 guerrilheiros.

Apesar de progressos registados, nomeadamente a assinatura do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional em agosto de 2019, um grupo de dissidentes, a autoproclamada Junta Militar da Renamo, tem feito ataques armados que já provocaram a morte de 30 pessoas.

A Junta liderada por Mariano Nhongo, antigo líder de guerrilha da Renamo, contesta a liderança do partido e as condições para a desmobilização decorrentes do acordo de paz.

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