O Governo duplicou no ano passado o Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais Carenciadas, oferecendo cabazes a 120 mil pessoas, em vez de 60 mil, mas a oferta continua a não chegar a todos os que precisam face ao ritmo da crise, de acordo com o Público.

Coordenado pela Segurança Social, o programa, que conta com fundos europeus, tem suporte em várias organizações que permitem a distribuição dos alimentos. E várias dessas entidades têm agora de lidar com filas de espera.

O jornal dá o exemplo da Santa Casa da Misericórdia de Almada, que tem 556 pessoas a receberem cabazes, quando, antes da pandemia, eram exatamente metade. Mas já há outras 270 em lista de espera. Ainda na margem sul, no Seixal, o Centro Paroquial de Bem Estar Social da Arrentela passou a ajudar 418 pessoas, em vez de 209, e há ainda 164 pessoas a aguardar.

No Porto, Associação Nacional de Ajuda aos Pobres dá ajuda a 1200 pessoas e tem mais uma lista de espera superior a 300 pessoas. A directora da associação, Claudina Costa, quer ajudá-los, mas os donativos não são o que eram: “Temos alguns benfeitores, alguns amigos, algumas empresas, mas isso agora está a falhar.”

Questionado sobre este problema, o ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, garante ao Público que “nos territórios e entidades em que a capacidade seja atingida está assegurada a possibilidade de se alargar a capacidade de apoio pelas vias alternativas ao POAPMC, de forma a garantir resposta a todas as situações de carência alimentar das famílias”, referindo-se a cantinas sociais e serviços de acção social.

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