O Sindicato dos Jornalistas (SJ) pediu “esclarecimentos urgentes” ao secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, sobre a situação financeira da Lusa, de acordo com um comunicado divulgado. A estrutura sindical disse acompanhar “com preocupação as declarações feitas pela administração da Lusa, em reunião com a Comissão de Trabalhadores [CT] da agência, divulgadas no dia 11, segundo as quais a Lusa recebeu apenas há dias 604 mil euros dos 1,5 milhões de euros aprovados pelo Parlamento em acréscimo ao orçamentado para 2020“.

O SJ recordou que a administração da Lusa confirmou, “à mesma CT, que ‘a situação de tesouraria não é fácil’, garantindo apenas um mês e meio, e admitiu que, se a situação não se alterar, a Lusa pode terminar o ano com prejuízo”, lê-se na mesma nota. O SJ recordou que “este cenário tem sido recorrente na Lusa“, e que por isso “instou o Governo a intervir urgentemente”. O sindicato considera “inaceitável que, mais uma vez, a Lusa esteja a laborar sem contrato-programa assinado com o Estado“.

A estrutura sindical “questionou ainda o Ministério da Cultura acerca das alterações na composição acionista da agência de notícias”, tendo em conta “a anunciada venda da participação acionista da Impresa na Lusa ao empresário Marco Galinha, do grupo Bel, que entrou também na composição acionista do Global Media Group”. Também o PSD pediu a “audição urgente” no parlamento do Conselho de Administração da Agência Lusa e do secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, sobre a situação financeira da empresa.

Nos últimos tempos têm sido várias as preocupações manifestadas pela administração da Agência Lusa relativamente a dificuldades sentidas pondo em causa o normal funcionamento da empresa”, referem os deputados sociais-democratas no requerimento divulgado e dirigido à Comissão Parlamentar de Cultura e Comunicação.

Para o PSD, “esta situação fica agora agravada com as declarações prestadas por Joaquim Carreira, diretor de áreas de suporte da Agência Lusa, no passado dia 21 de janeiro”, que “a empresa ‘só tem tesouraria para um mês e meio’, sendo muito preocupante a situação financeira em que se encontra a agência noticiosa”.

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