O antigo governante e especialista social-democrata em questões de Defesa Nacional Ângelo Correia defendeu esta quinta-feira a designação de um “ministro de Estado coordenador” das Forças Armadas (FA), forças de segurança e Proteção Civil.

“A Defesa Nacional, no sentido amplo, é uma política de Estado ao mais alto nível, coordenada pelo primeiro-ministro. O ministro da Defesa Nacional, legalmente, só tem competências para dirigir as FA, não mais. Como é possível operar isto quando tem milhares de questões para resolver? Não é possível. A nossa ideia é simples: devia haver um ministro de Estado coordenador ou vice-primeiro-ministro que coordenasse as interações todas” entre “defesa militar, segurança interna e Proteção Civil”, defendeu.

O coordenador do Conselho Estratégico Nacional “laranja” respondia a jornalistas após apresentar, em Lisboa, as ideias de reforma do PSD para o setor, na sede nacional do partido.

“Ou um ministro da Defesa Nacional, com a categoria de ministro de Estado”, foi outra hipótese admitida pelo ex-titular da Administração Interna da Aliança Democrática (PPD, CDS e PPM), na década de 1980. Para Ângelo Correia, “não há exercícios de poder bem pensados e estruturados em Portugal”.

“Temos de viver e criar uma cultura para as FA, mais do que para os próprios ramos. Temos de começar a olhar para o todo nacional global. Não há aqui supremacias, há é uma necessidade de coordenação porque, se cada um anda para seu lado, todos os dias teremos conflitos. Em Portugal temos de ter estruturas onde haja um responsável”, argumentou.

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