Vieira da Silva retoma aquilo que tinha dito há dois anos quando anunciou a saída da vida parlamentar: não reconhece Sócrates nas acusações que estão a ser feitas. É o primeiro ex-ministro do governo de Sócrates a falar no caso depois da leitura da instrução e frisa que faz uma leitura pessoal “com desgosto”.

Ao Expresso, o ex-ministro do Trabalho e da Segurança Social diz que considera que “o titular de um cargo público tem a obrigação ética e moral de explicar de forma clara a origem de todos os seus rendimentos com toda a transparência, clareza e rigor” e que quando isso não é feito se está “perante uma situação grave”.

“Não posso deixar de dizer que a acusação se baseia em factos que são graves, dizem respeito a um titular do cargo de primeiro-ministro”, diz ao semanário ressalvando que o processo se encontra “numa fase intermédia e que não há culpados porque a presunção da inocência é fundamental”. Ainda assim, Vieira da Silva aponta o dedo à Justiça considerando que o que se passou com a leitura da decisão de Ivo Rosa “é perturbador”.

“Além de ser um processo complexo e longo, julgo haver uma incompreensão generalizada em relação à diferença de leituras tão pronunciadas”, afirmou em referência à decisão de instrução lida por Ivo Rosa.

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