Tem sido uma constante na segunda metade da época: a cada jogo que passa, Rúben Amorim quebra mais um recorde invencibilidade do Sporting. Desta vez, ao vencer o Nacional, o treinador dos leões garantiu que esta equipa é a primeira da história dos leões que não sofreu qualquer derrota em 30 jornadas consecutivas. Mas se não perder na próxima quarta-feira, contra o Rio Ave, Rúben Amorim deixa os recordes do clube e passa aos recordes nacionais: e torna-se o recordista nacional de invencibilidade em provas com mais de 30 jornadas.

Jovane, o soldado conhecido que entrou para vencer a batalha (a crónica do Sporting-Nacional)

No dia em que voltou ao banco, depois de três partidas em que esteve na bancada por castigo, o treinador leonino voltou a celebrar uma vitória e a manutenção dos seis pontos de vantagem para o FC Porto, numa altura em que faltam apenas quatro jornadas para o final do Campeonato. Na flash interview, e depois de a equipa ter sido recebida por centenas de adeptos à chegada a Alvalade, Amorim lembrou que quando chegou também existiam manifestações — mas contra.

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“Não há euforia. Estas semanas acabaram por ajudar, parecia tudo muito fácil e depois complicou-se tudo. É ir jogo a jogo. Há um ano e meio, quando chegámos, também havia manifestações mas contra. A dinâmica do clube mudou e isso é a grande vitória. Parabéns a estes miúdos, eles deram a volta a isso e deram o exemplo. Os adeptos vão atrás de quem dá tudo pelo clube. Mais do que jogos ou títulos, que sabemos que é sempre o que importa, a vitória destes jogadores foi mudar a dinâmica do clube”, explicou o técnico leonino.

O treinador fez também o resumo do jogo, garantindo que já sabia que “não existem jogos fáceis”. “Não interessa se é o último ou o primeiro. Dominámos do princípio ao fim. A primeira parte passou a correr, o Nacional sempre a parar o jogo. Sabia que a nossa ansiedade ia crescer mas fomos justos vencedores. Foi uma equipa que quis marcar e outra que quis deixar passar o tempo para criar uma surpresa em bola parada ou transição. Acabou por ser justo”, atirou Amorim, defendendo que o elevado número de faltas do Nacional, que chegou às 30 no final do jogo, é “uma estratégia como qualquer outra”. “Vale o que vale, são estratégias”, terminou.

Já Jovane, que entrou na segunda parte, fez um golo e uma assistência e foi considerado o Homem do Jogo, revelou que Rúben Amorim lhe diz para “treinar forte” porque terá a sua “oportunidade”. “Faço o meu trabalho todos os dias, sei do meu valor, tenho de agradecer à minha família e a todos os sócios. Todos os jogos são difíceis. Treinamos todos os dias para conseguir os três pontos. Isso é que é o mais importante. Só pensamos em nós e é jogo a jogo”, atirou o avançado de 22 anos.