A Câmara Municipal de Oeiras, no distrito de Lisboa, quer criar até 2025 o Museu do Tejo para divulgar as fortificações marítimas existentes naquele território, num investimento previsto de cinco milhões de euros.

O projeto para a construção do Museu do Tejo, que ficará sediado na bateria do Areeiro, em Santo Amaro, integra-se na candidatura do município de Oeiras a Capital Europeia da Cultura em 2027, explicou à agência Lusa Jorge Barreto Xavier, comissário da candidatura.

“Oeiras congrega o maior número de fortificações marítimas do mundo. É uma coisa que é muito relevante, mas que ninguém sabe. Esta linha de fortificações que tinham como objetivo a proteção da capital [Lisboa] no século XXVI era a maior a nível mundial”, sublinhou.

Jorge Barreto Xavier referiu que, no conjunto, as fortificações da barra do Tejo cobrem os municípios de Oeiras, Cascais, Lisboa e Almada, mas que é em Oeiras onde existem em maior número.

Segundo os números avançados, a barra do Tejo no seu conjunto chegou a dispor de 200 fortificações, sendo que destas 40 localizavam-se no território de Oeiras.

“Consideramos que fazia todo o sentido evidenciar este património, valorizá-lo e projetá-lo. Por essa via, decidiu-se criar o Museu do Tejo”, justificou.

A divulgação das rotas marítimas, dos naufrágios, a promoção da arqueologia subaquática e a realização de passeios de barcos no Tejo são algumas das atividades previstas para o museu.

“No momento a seguir, com os municípios de Lisboa, Cascais e Almada, fará todo o sentido poder candidatar o conjunto das fortificações a Património Mundial, porque, de facto, isto é um conjunto extremamente significativo e que vale a pena valorizar”, apontou, adiantando que já decorreram reuniões com estes municípios.

O comissário da candidatura de Oeiras a Capital da Cultura27 referiu ainda que o município já negociou a posse da bateria do Areeiro com os ministérios da Defesa e das Finanças.

A recuperação desta infraestrutura militar, que albergará o futuro Museu do Tejo, e que se encontra desativada e “em mau estado”, implica um investimento de cerca de cinco milhões de euros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR