A startup portuguesa RealFevr, que é parceira oficial da Liga Portugal e da Federação Portuguesa de Futebol, angariou 2,2 milhões de euros numa ronda de investimento Série A. Este montante vai ser usado para contratar “mais de duas dezenas de novos colaboradores até ao final do ano” e lançar uma mercado de “NFT desportivos”. NFT é a sigla para “Non-fungible token”, algo como ficheiro digital não substituível, em português, que utiliza a tecnologia base das criptomoeadas, o blockchain. Estes ficheiros têm tido cada vez mais popularidade na internet por serem vendidos por milhões de euros.

A RealFevr gere uma plataforma online de simulação de torneios de futebol — ou “Fantasy League” [Liga de Fantasia, em português] — na qual os utilizadores podem escolher os jogadores preferidos e fazer equipas para disputar lugares na tabela de classificados, consoante a prestação das escolhas na vida real. Além disso, ao querer entrar no mercado dos NFT desportivos, a empresa quer expandir numa nova área de negócio que diz estar a crescer.

A velocidade com que esta ronda foi concluída demonstra a altíssima procura e ‘apetite’ dos investidores pela indústria dos NFT, área de negócio em que pretendemos entrar, validando de forma direta a estrutura e ‘roadmap’ do projeto. Temos alguns desafios pela frente, mas estamos extremamente confiantes em relação ao seu sucesso”, refere Fred Antunes em comunicado.

“Não estamos a entrar na febre dos NFTs apenas pela tendência atual do mercado, mas sim porque acreditamos no seu valor intrínseco e estamos aqui a longo prazo”, diz o presidente executivo da RealFevr. O líder da startup, que também é Presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas (APBC), afirma ainda que “a forma como a tecnologia blockchain permite transformar momentos históricos do desporto em verdadeira arte em movimento é absolutamente entusiasmante”.

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Este investimento contou com a participação do fundo português Shilling, da empresa SportMultimédia, de dos fundos internacionais Moonrock Capital e Morningstar Ventures, além de “diversos investidores privados –  maioritariamente portugueses, norte-americanos e australianos”, refere a startup em comunicado. A RealFevr tinha começado esta ronda de investimento há 22 dias com o objetivo de levantar 1,6 milhões de euros. Com o montante de 2,2 milhões angariado, fica agora avaliada em 16 milhões de euros, diz a empresa.

A startup anuncia ainda que vai lançar “um marketplace de colecionáveis de vídeos desportivos oficialmente licenciados, que será anunciado muito em breve”. As duas dezenas de novos funcionários que a empresa quer ter até ao final do ano são para as funções de “Back End e Front-End Developer, UI/UX Designer, Lead Analytics, Customer Support e Game Controller”. O objetivo desta contrações é “escalar a empresa para a dimensão da sua ambição”.

A RealFevr foi lançada em 2015 com a criação das Fantasy Leagues. Ao todo, segundo números da empresa, já tem mais de 1.2 milhões de utilizadores registados e distribuídos globalmente. A startup está sediada em Lisboa e, além da colaboração com entidades oficiais de futebol, também tem parcerias com empresas de apostas desportivas, como a Solverde.pt.