O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) quer ouvir o vice-presidente daquela formação partidária e presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, sobre a dissidência de cinco deputados.

A recomendação consta das resoluções finais da reunião ordinária do comité central do PAIGC, que decorreu entre sexta-feira e domingo, em Bissau, e divulgadas esta segunda-feira à imprensa.

Segundo o documento, o comité central recomendou a convocação de uma sessão extraordinária “no mais curto espaço de tempo para solicitar ao primeiro vice-presidente do partido, Cipriano Cassamá, explicações sobre a dissidência dos cinco deputados”. Cinco deputados do PAIGC viabilizaram o programa do Governo, liderado por Nuno Gomes Nabiam, e que o partido não reconhece, e dois Orçamentos Gerais do Estado.

O PAIGC solicita assim a Cipriano Cassamá “esclarecimentos sobre determinadas posições assumidas e que vão contra as leis do país e os superiores interesses do PAIGC”, pode ler-se no comunicado das resoluções finais. O comité central pediu ao conselho nacional de jurisdição e fiscalização do partido para “acelerar os processos interpostos contra os militantes dissidentes e infratores dos estatutos, a fim de serem conhecidos os veredictos finais de cada caso concreto”.

O comité central denunciou também o “clima de intimidação e ameaça que se continua a viver no país, visando particularmente o PAIGC”, condenou o “saque dos recursos nacionais” e manifestou solidariedade com vários setores sociais nacionais “fortemente penalizados pelo abandono a que estão votados pela atual administração no poder”. Os 220 membros presentes aprovaram também uma moção de confiança no presidente do partido, Domingos Simões Pereira.

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