Como em tantas coisas no futebol, há um antes e um depois de Ronaldo. Nos jogos, nos golos, nos títulos divididos com Lionel Messi, no impacto. E os últimos dias mostraram de novo essa realidade com um episódio que começa a ganhar a alcunha de “fazer um Cristiano”, desta vez tendo o médio francês Paul Pogba como protagonista.

Antes deste Europeu, ou antes da conferência de imprensa de antevisão ao jogo frente à Hungria do capitão da Seleção, vários treinadores e jogadores mexiam nas garrafas que estavam em cima da mesa onde falavam. Ou porque iam beber água, ou porque não conseguiam ver os jornalistas (o que neste caso nunca é um problema porque tudo funciona por Zoom), ou apenas porque não queriam que estivesse ali à frente. Agora, mudou.

“Água!”, disse Ronaldo depois de ter desviado duas garrafas de Coca-Cola na mesa da sala de imprensa. Uma só palavra, múltiplas consequências: uma queda no valor das ações, reações da marca, tudo o que se seguiu. E na fase em que parecia que tudo estava a fazer parte do passado, houve mais um gesto semelhante.

Ao chegar à sala de imprensa da Allianz Arena, em Munique, Paul Pogba sentou-se na mesa e fez questão de desviar uma garrafa de Heineken, outro dos main sponsors da UEFA nas grandes competições (e que é mesmo o grande principal patrocinador da distinção de Melhor Jogador em Campo), da sua frente. No caso do médio francês, existe ainda outra explicação: o campeão mundial é muçulmano e não consome álcool.

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