O Ministério da Administração Interna anunciou esta quarta-feira que o ministro Eduardo Cabrita pediu esclarecimentos à Direção Nacional da PSP, na sequência a queixa-crime ao Ministério Público de ativistas do sexo feminino, que alegam ter sido revistadas de forma abusiva por parte de agentes daquela autoridade.

Na sequência das notícias divulgadas esta terça-feira, Eduardo Cabrita “determinou à Direção Nacional da PSP que preste esclarecimentos sobre essa ocorrência e os procedimentos adotados”, indica um comunicado enviado às redações pelo Ministério da Administração Interna.

Ativistas do movimento ambiental Climáximo acusam a PSP de revistas “abusivas” a que 26 pessoas detidas numa manifestação no final de maio foram sujeitas na esquadra dos Olivais. Algumas mulheres que foram detidas terão sido obrigadas a despir-se totalmente, ao contrário do que se sucedeu com os homens.

Ativistas apresentam queixa contra a PSP por revistas abusivas. Mulheres terão sido obrigadas a ficar nuas

As pessoas detidas foram alvo de revistas injustificadas, tendo as mulheres sido forçadas à nudez (nalguns casos, sem roupa interior), e algumas sido obrigadas a agachar-se para provar que não constituíam uma ameaça, lê-se no comunicado divulgado pelo grupo nas redes sociais. Já “o grupo masculino experienciou uma mera revista superficial, que se expressou no tateamento por cima da sua roupa”, acusando assim a polícia de “tratamento diferenciado”.

Em resposta, a PSP negou o que foi relatado. Em declarações ao Expresso, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP garantiu que a polícia se limitou a fazer “os procedimentos de segurança legalmente admissíveis”. Sobre a suposta obrigação das mulheres, a mesma fonte disse apenas que é “absurdo” e “inverosímil”.

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