A cabeça de lista do Bloco de Esquerda à Câmara de Castelo Branco nas eleições autárquicas de dia 26 defendeu esta quarta-feira o reforço das redes de Internet e de telemóvel nas freguesias do concelho para atrair população e empresas e combater o despovoamento.

“Não há Internet e o sinal de telemóvel é fraco em algumas freguesias, o que as coloca fora do mundo global. Por isso, uma das nossas prioridades será negociar com os operadores” o reforço das duas redes, afirmou Margarida Paredes à agência Lusa no segundo dia da campanha eleitoral.

Com o reforço da rede de Internet e de telemóvel, o Bloco de Esquerda pretende “atrair pessoas para as aldeias, que têm perdido população”, e “captar empresas e criar emprego” no concelho.

A candidata bloquista mostrou-se ainda preocupada com os problemas de insolvência na empresa de confeções Dielmar, alertando que as três centenas de trabalhadores não receberam este mês os salários.

Uma vez que o Estado detém 30% do capital da empresa, Margarida Paredes defendeu que “a solução [para resolver os problemas] tem de ser política e passa por um investimento do Estado se os [potenciais] compradores privados desistirem” do negócio.

Para tal, considerou que o município “tem de dialogar com o Governo” neste sentido, para que os postos de trabalho sejam mantidos.

“Tem de haver dinheiro para investir, para não deixar os 300 trabalhadores sem emprego”, sublinhou.

Na corrida à presidência da autarquia estão Leopoldo Rodrigues (PS), João Belém (PSD/CDS/PPM), Rui Paulo Sousa (Chega), Luís Correia (MI — Sempre — Movimento Independente), Rui Amaro Alves (MPT — Partido da Terra), Felicidade Alves (CDU) e Margarida Paredes (BE).

Nas eleições de 2017, o PS conquistou cinco mandatos, enquanto o PSD elegeu dois vereadores.