O candidato do Chega à Câmara de Viseu, Pedro Calheiros, disse esta quarta-feira à agência Lusa que tem esclarecido mais as pessoas sobre o partido e as pessoas do que sobre as ideias para a autarquia.

“As pessoas acercam-se de nós para querer saber mais sobre o nosso partido, nem é bem a candidatura, porque a candidatura as pessoas conhecem o candidato e a maior parte das pessoas sabem quem eu sou e sabem com o que podem conta“, disse Pedro Calheiros.

O candidato do Chega explicou à agência Lusa que “a maior parte das pessoas já não tem bem a ideia das promessas que são feitas e do que se projeta para o futuro”, que, no seu entender, “normalmente, são coisas muito grandes, bonitas, são sonhos, mas não passam de quimeras”.

Neste sentido, disse que “muitas das perguntas” que lhe têm feito “são exatamente sobre o partido, aquela história da xenofobia e do racismo” e “as saturações que lhes fazem da imagem” que o Chega tem.

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“Muitas vezes quando vamos para estas ações de rua é para dizer às pessoas que nós não somos racistas. Nunca ninguém viu, por exemplo, em mim, uma atitude racista, xenófoba. Eu se não tivesse enquadramento no partido Chega não estaria agregado a ele”, destacou.

Assim, o trabalho que tem feito nesta campanha tem sido “mais o de dar às pessoas uma imagem de confiança daquilo que é a pessoa que se apresenta para os representar na autarquia, ou para ser o presidente da câmara, e dar a saber e a fazer determinados procedimentos que são fundamentais” na autarquia.

“Entre algumas coisas que [a Câmara] fez bem. Muitas ou fez mal ou ficaram por fazer e é aqui que temos de focar a nossa atenção. Por exemplo, [é] incrível a forma como as pessoas são atendidas na câmara. A gente vai lá com um problema e vem de lá com dois ou três”, apontou.

A título de exemplo, referiu que as pessoas que têm projetos para fazer “uma casa, um barracão ou um canil que seja”, fica “dois, três, quatro, cinco, 10 anos à espera e isto não pode acontecer” e “não há foram de justificar” isto.

“Se as pessoas não trabalham, se não sabem trabalhar, se são incompetentes ou se não são devidamente orientadas, têm de ser orientadas, têm de ser postas as coisas na caixinha para funcionarem bem”, considerou.

À presidência da Câmara Municipal de Viseu concorrem nestas eleições, além de Nuno Correia da Silva (CDS-PP), Diogo Chiquelho (PAN), João Azevedo (PS), Fernando Ruas (PSD), Francisco Almeida (CDU), Manuela Antunes (BE), Fernando Figueiredo (IL) e Pedro Calheiros (Chega).

O município é liderado por Conceição Azevedo (PSD), que assumiu a presidência em abril de 2021, após a morte, devido a complicações de saúde provocadas pela Covid-19, de António Almeida Henriques, que liderava a Câmara desde 2013, tendo, em 2017, conquistado 51,74% dos votos (seis mandatos), e o PS 26,46% (três mandatos).