A Repsol obteve lucros de 1.939 milhões de euros nos primeiros nove meses, contra prejuízos de 2.578 milhões de euros no mesmo período de 2020 e lucros de 1.466 milhões de euros ganhos no mesmo período de 2019.

De acordo com os resultados enviados esta quinta-feira à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV), o resultado líquido ajustado (descontando a variação no valor dos inventários e itens extraordinários) foi de 1.582 milhões de euros, oito vezes mais do que nos primeiros nove meses de 2020 e semelhante ao que conseguiu no mesmo período de 2019.

Todos os segmentos alcançaram números positivos nos respetivos resultados, destacando-se a Exploração e Produção, particularmente influenciada pela trajetória ascendente dos preços das matérias-primas.

Os preços do petróleo e do gás voltaram nos primeiros nove meses do ano a níveis pré-pandemia, com o Brent a negociar a uma média de 67,9 dólares por barril e o Henry Hub a 3,2 dólares por MBtu.

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Neste contexto, a Repsol alcançou um fluxo de caixa operacional positivo em todos os seus segmentos de negócio, no valor de 3.371 milhões de euros, e um fluxo de caixa livre, também positivo em todos os segmentos, totalizando 1.855 milhões de euros.

Entre janeiro e setembro de 2021, a empresa reduziu a dívida líquida em 9% (642 milhões de euros) dos níveis de dezembro passado para 6.136 milhões de euros, enquanto a liquidez ascendeu a 9.948 milhões de euros, representando 2,57 vezes os prazos de vencimento a curto prazo.

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Por negócio, a área de Exploração e Produção obteve um resultado de 1.063 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2021, excedendo o resultado do mesmo período do exercício anterior, que foi zero, e também os 864 milhões de euros de 2019.

A produção média durante os primeiros nove meses do ano foi de 576.000 barris de equivalente de petróleo por dia.

A divisão Industrial alcançou um resultado de 339 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 48% do que no mesmo período de 2020.

Dentro desta área, o negócio da Química teve um desempenho excecionalmente bom, enquanto a Refinação continuou a ser impactada pelos efeitos da pandemia e das paragens para adaptar as operações ao ambiente de baixa procura e margem.

A divisão Comercial e Renováveis obteve um lucro de 397 milhões de euros, mais 19,6% do que no mesmo período do ano anterior.

As áreas da Mobilidade e da Aviação melhoraram o seu desempenho, uma vez ultrapassadas as apertadas restrições à mobilidade que se verificaram em grande parte do mundo em 2020, ao que se juntou um bom desempenho das Renováveis e da Baixa Geração de Carbono.

Resultados mais elevados nestas áreas foram compensados por resultados mais baixos em Lubrificantes, Especialidades, Comércio de Eletricidade e Gás, e Gás de Petróleo Liquefeito (GPL).

As vendas nas estações de serviço aumentaram com o fim das restrições e com o aumento das vendas de produtos não petrolíferos.

Os investimentos da Repsol nos primeiros nove meses do ano atingiram 1.634 milhões de euros, mais 6,2% do que no mesmo período em 2020.