O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, salientou esta segunda-feira a importância da classificação como Cidade Criativa da UNESCO na área do design e lembrou que está é uma oportunidade para “elevar e promover” aquela localidade e o território.

“A designação oficial por parte da UNESCO reforça um caminho para novas oportunidades de crescimento e afirmação, revitaliza o passado histórico da cidade e constrói sobre ele uma inovadora visão para o futuro assente no debate comunitário, em torno dos horizontes de desenvolvimento sustentável nos campos da Arte, da Cultura, do Conhecimento e da Inovação”, aponta Vítor Pereira, citado em nota de imprensa municipal enviada à agência Lusa.

A reação surge depois de a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) ter anunciado que a Covilhã e Santa Maria da Feira estão entre as 49 novas entradas na Rede das Cidades Criativas da UNESCO.

Covilhã e Santa Maria da Feira entram na Rede das Cidades Criativas da UNESCO

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Uma notícia que Vítor Pereira classifica como muito importante, salientando ainda que é “uma das provas do potencial da Covilhã” e sublinhado o esforço coletivo que a candidatura representou.

Igualmente citados na nota, a vereadora da Cultura naquela autarquia, Regina Gouveia, e o diretor executivo da candidatura, Francisco Paiva, apontam o “enorme orgulho e entusiasmo” pela classificação e também salientam o trabalho de todos os que se envolveram no projeto ao longo dos seus três anos de preparação.

A candidatura da Covilhã tem como compromisso colocar a cultura e a criatividade no centro do desenvolvimento urbano sustentável, compartilhando conhecimento e boas práticas a nível internacional.

“O design, aliado à cultura, à criatividade e ao desenvolvimento sustentável passa, desta forma, a ser um dos principais motores das políticas públicas do Município da Covilhã”, é igualmente realçado.

Criada em 2004, a Rede das Cidades Criativas (Creative Cities Network, UCCN na sigla em inglês), engloba atualmente 295 cidades em 90 países que estão a investir na cultura e na criatividade — nas áreas de artesanato e arte popular, ‘design’, cinema, gastronomia, literatura, artes de ‘media’ e música — para ter impacto no desenvolvimento urbano sustentado.

“É preciso desenvolver um novo modelo urbano em cada cidade, em conjunto com os seus arquitetos, urbanistas, arquitetos paisagistas e cidadãos”, sublinhou hoje a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, ao anunciar a integração das novas cidades.

Em Portugal, a Rede de Cidades Criativas inclui já Amarante, Idanha-a-Nova, Leiria (música), Óbidos (literatura), Barcelos, Caldas da Rainha (artesanato e artes populares) e Braga (artes digitais).