Dezembro é um mês de festividades e de partilha. Recordamos quem está, quem esteve e com quem queremos estar. Mas é também um mês de balanço – onde olhamos não só para o nosso ano, mas também para o de quem está à volta. Estes balanços trazem consigo sempre uma maior dose de compaixão e solidariedade. A solidariedade pode ser muita coisa. Pode ser ajudar um vizinho, uma instituição, alguém na rua. Mas, acima de tudo, a solidariedade social caracteriza-se por ser horizontal – ou seja, exercida entre iguais.

O que a solidariedade traz a uma comunidade é uma regeneração das relações entre indivíduos, baseando-se numa visão filantrópica do mundo, que considera que a compaixão que um indivíduo nutre relativo a outro – ou às suas necessidades e sofrimentos – é a base dos tecidos sociais. Torna-se assim num princípio não natural, porque não se trata de sobrevivência, mas moral, porque faz parte integrante daquilo que nos torna seres humanos: quando tentamos, em conjunto, eliminar ou atenuar situações adversas em que alguns dos nossos pares se encontram. A grande dificuldade aqui acaba por ser estarmos conscientes que é preciso ajudar. Seja porque a nossa vida nunca foi tão cheia como atualmente e isso tira-nos o foco do que se passa à nossa volta, seja porque muitas vezes não temos conhecimento da ajuda que é precisa. Mas se muitas vezes não temos conhecimento, será que o digital pode mudar alguma coisa? A verdade é: já mudou.

Solidariedade no digital e na pandemia

O digital tem funcionado como um grande impulsionador da solidariedade social, tanto a nível de exposição como a nível de funcionalidade. As redes sociais, o email marketing e até as push notifications em aplicações – basicamente, qualquer suporte digital com o qual somos confrontados diariamente – tornam mais fácil dar-nos a conhecer casos solidários nos quais ajudar. E não só. Quando bem usadas, estas ferramentas podem mesmo solidificar o nosso espírito de comunidade e de pertença e consequentemente aumentando a nossa capacidade solidária – somos tão mais solidários quanto mais envolvidos estivermos. Mas os suportes digitais vieram facilitar também a forma de ser solidário. Muitas redes sociais incluem já a possibilidade de criar recolhas sociais diretamente na plataforma, fazendo uma recolha (de dinheiro, por exemplo) enquanto damos já exposição a uma causa. Fora das redes sociais, outras ferramentas digitais, como o bem-sucedido MbWay, vieram também trazer novas formas de solidariedade, simplificando-a.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta “transformação digital solidária” foi bem visível no período de pandemia e confinamento que atravessámos. Vários projetos surgiram nestes meios para proteger os mais frágeis, como redes de voluntários para levar mercearias a casa, para ir à farmácia ou, simplesmente, para ligar ou visitar com segurança idosos sozinhos em casa. Mas, em Portugal, fomos até mais longe. Em alturas extremas deste período, os portugueses chegarem a ser capazes de fazer inclusivamente entregas necessárias para profissionais hospitalares sobrecarregados com várias horas de trabalho: bolos, snacks, bebidas energéticas, os casos foram incontáveis. A solidariedade aliada ao digital chegou a ser capaz de, em 48 horas, recolher mais de 200 caravanas em Portugal para os profissionais hospitalares poderem descansar fora dos hospitais sem terem de ir a casa. Se podia acontecer antes, a verdade é que, sem o digital, nunca aconteceria tão rápido.

A solidariedade no dia-a-dia

Se, como vimos, a solidariedade se acentua em alturas de crise, a verdade é que há também uma solidariedade feita no dia-a-dia e que muda igualmente a vida de muitas pessoas. E as empresas que querem ser mais solidárias começam também agora a aparecer. O banco Credibom é um exemplo disso.

Tendo a proximidade como um dos seus valores, o banco Credibom desenvolveu uma parceria com a GRACE – Empresas Sustentáveis, uma associação empresarial sem fins lucrativos que visa promover a participação das empresas em projetos de sustentáveis e de solidariedade.

Fruto desta parceria, o banco Credibom descobriu a Dress for Success. De acordo com o Eduardo Correia, diretor de Recursos Humanos, Logística e Procurement do Banco Credibom, a escolha foi feita porque o banco queria “um parceiro de longo prazo com o qual pudesse fazer a diferença direta na sociedade”. O Dress for Success apoia mulheres que se encontram em situações económicas vulneráveis, preparando-as para entrevistas de trabalho, mas também criando um banco de roupas profissionais a que mulheres sem capacidade financeira possam ter acesso. No fundo, tomando conta de todos os detalhes para que possam atingir a independência financeira. Eduardo Correia revela que a participação do banco Credibom visa também “dar aulas de literacia financeira a todas as pessoas apoiadas pela Dress for Success”, prolongando assim as chances de êxito.
Para além desta parceria, o banco Credibom tem igualmente desenvolvido “várias políticas de igualdade de género, tornando-nos uma empresa que dá oportunidades de crescimento idênticas para homens e mulheres”, conta Eduardo Correia. O diretor de Recursos Humanos, Logística e Procurement esclarece que isto é posto em prática “estabelecendo que os candidatos entrevistados têm que ter igual proporção (50/50 entre homens e mulheres)”.
Ser solidário, assim, é ser preocupado. O futuro dos outros pode estar também nas nossas mãos.

Saiba mais em
Coragem para Sonhar