A divulgação da conferência da ONU sobre os oceanos em junho na capital portuguesa começou esta terça-feira com a apresentação de um vídeo promocional segundo o qual “o futuro dos oceanos decide-se em Lisboa”.

De 27 de junho a 1 de junho, a segunda conferencia mundial da ONU (a primeira foi em 2017 em Nova Iorque) sobre os oceanos é organizada em Lisboa por Portugal e pelo Quénia e segundo dados esta terça-feira divulgados são esperados entre 900 a mil entidades não governamentais, além de representações dos 192 países da ONU.

Nos dias da conferência haverá sessões plenárias em permanência e também o que os organizadores chamam de “diálogos interativos”, um por dia, sobre temas como poluição marinha, economia sustentável, gestão de ecossistemas costeiros, ou conservação oceânica, explicou na cerimónia de apresentação do vídeo promocional Alexandre Leitão, da comissão organizadora.

Questionado pela Lusa o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, estimou que a conferência seria um sucesso se os países assumissem compromissos voluntários exigentes e urgentes. “Porque neste momento estamos de facto num momento de urgência, porque já vamos a meio da Agenda 2030 e reconhecidamente há metas que estão atrasadas”.

Sobre o compromisso de os diferentes países atingirem 30% de áreas marinhas protegidas até 2030 o ministro observou que ainda há tempo, mas acrescentou a importância de se assumir o combate a nível internacional contra a pesca ilegal, não reportada e não regulamentada, “um dos grandes estigmas” dos oceanos, que prejudica comunidades e nações, sobretudo nas zonas do Pacífico e do Índico e pequenos Estados em desenvolvimento.

Ricardo Serrão Santos queria ver também com avanços na conferência de Lisboa as questões relacionadas com a poluição, com a acidificação e falta de oxigénio do mar. “São problemas que só se resolvem mudando as nossas opções energéticas”, afirmou, acrescentando que se for conseguido um compromisso em Lisboa será “uma grande agenda”.

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