O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou um plano para injetar mais de 150 mil milhões de reais (26,8 mil milhões de euros) na economia, visando os mais pobres, a sete meses das eleições presidenciais.

O programa visa “aumentar o poder de compra dos brasileiros, especialmente aqueles de baixo rendimento”, disse a presidência em comunicado, na quinta-feira.

As medidas incluem o adiantamento do complemento salarial, ou 13º mês, para os reformados, a autorização da utilização de recursos de um fundo de garantia ao trabalhador, reservado para casos de demissão ou situações excecionais, e o acesso a créditos.

O programa deve injetar “mais de 150 mil milhões de reais na economia do país”, disse o governo de Jair Bolsonaro.

No poder desde janeiro de 2019, a popularidade do presidente de extrema-direita está em baixo, em parte devido à gestão da pandemia de Covid-19, que já matou mais de 655 mil pessoas no Brasil, mas sobretudo por causa da alta inflação.

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Em fevereiro, a taxa de inflação foi de 10,54%, resultando na redução do poder de compra, principalmente dos mais pobres.

Numa tentativa de conter a alta dos preços, o Banco Central do Brasil elevou novamente a taxa básica esta semana para 11,75%, o valor mais alto desde abril de 2017.

A guerra na Ucrânia agravou a situação, provocando um aumento do preço internacional do petróleo e combustíveis.

A empresa pública brasileira Petrobras anunciou na semana passada um aumento de 18,8% no preço da gasolina e de 24,9% no do diesel, medida fortemente criticada por Jair Bolsonaro.

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Bolsonaro vai disputar um segundo mandato nas eleições de outubro, tendo como principal concorrente o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, favorito nas sondagens.

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A maior economia da América Latina superou uma breve recessão no último trimestre e encerrou 2021 com um crescimento de 4,6% em relação a 2020, quando sofreu o maior impacto da pandemia.

Mas, para 2022, as previsões são para um crescimento de apenas 0,49%.