Apesar de, ainda em fevereiro, na primeira vez que Ucrânia e Rússia se juntaram à mesa para discutir as condições de um acordo de paz, Vladimir Putin ter dado ordem de cessar-fogo às suas forças no país vizinho, não está nos planos do Kremlin voltar a fazer o mesmo.

Garantiu Sergei Lavrov esta segunda-feira em entrevista à televisão estatal russa, a “ação militar” russa na Ucrânia não vai voltar a parar quando ambas as partes se reunirem novamente para negociar a paz — aliás, enquanto não for alcançado um acordo final, as forças russas naquele país não vão baixar as armas. A política em vigor neste momento é essa.

A culpa, explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa, é da Ucrânia: “Depois de nos convencermos de que os ucranianos não tencionavam fazer o mesmo, foi tomada a decisão de que, durante as próximas rondas de conversações, não haverá pausa enquanto não for alcançado um acordo final”.

Na mesma entrevista, Sergei Lavrov garantiu ainda que, apesar das dificuldades e de as negociações não estarem a progredir tão rapidamente como esperado, não vê qualquer razão para não continuar as conversações com a Ucrânia. Isto depois de, na semana passada, ter acusado Kiev de propor a Moscovo um projeto de acordo de paz “inaceitável” e muito diferente dos acordos que ambas as partes tinham antes firmado.

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