Têm sido palavras cada vez mais recorrentes entre líderes mundiais e, esta terça-feira, foi a vez do chanceler alemão Olaf Scholz acusar o Presidente russo, Vladimir Putin, de crimes de guerra na Ucrânia.

“A invasão da Rússia na Ucrânia permanece uma flagrante violação da lei internacional. A morte de milhares de civis, como vimos, é um crime de guerra pelo qual o Presidente russo tem responsabilidade”, disse Scholz aos jornalistas, depois de encontros com outros líderes ocidentais.

Pela primeira vez, Joe Biden acusa Rússia de “genocídio” na Ucrânia. “Putin é um criminoso de guerra”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Sentimos uma enorme tristeza pelas vítimas e também, tenho de dizer, uma grande revolta para com o Presidente russo e para com esta guerra sem sentido”, disse, citado pela AFP.

Scholz admitiu que a guerra entrou numa “nova fase”, mas deu respostas vagas às perguntas dos jornalistas sobre o possível envio de armamento pesado para a Ucrânia.

A Alemanha já forneceu armas defensivas e comprometeu-se a enviar mais de mil milhões de euros em ajuda financeira para a Ucrânia, que podem ser usados para comprar armas de ataque.

“Um crime de guerra que não pode ficar sem resposta”: as reações aos “horrores indescritíveis” em Bucha

O chanceler tem mostrado alguma abertura na questão do armamento pesado, mas sublinhou que são decisões que têm de ser tomadas em cooperação com outros aliados. De acordo com a AFP, Scholz falou da possibilidade de outros países de leste enviarem armamento russo antigo, com o qual o exército ucraniano está mais familiarizado.

O chanceler tem defendido que o envio de armamento pesado pode gerar uma escalada ainda maior do conflito, mas os relatos de ataques contra civis fizeram aumentar os apelos para que Scholz adote uma postura mais firme.