790kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Museu de Arte Antiga exibe pintura do século XVII "São João Baptista no Deserto"

Este artigo tem mais de 2 anos

A pintura do século XVII "São João Baptista no Deserto", de Giovanni Baglione, será exibida no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a partir desta quinta-feira, 21 de abril.

Detalhe da obra de Giovanni Baglione
i

Detalhe da obra de Giovanni Baglione

Detalhe da obra de Giovanni Baglione

A pintura do século XVII “São João Baptista no Deserto”, de Giovanni Baglione, artista favorito de colecionadores seus contemporâneos, que se desentendeu com Caravaggio, será exibida no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a partir de quinta-feira.

Trata-se da terceira obra exibida no âmbito do “O Belo, a Sedução e a Partilha”, projeto museográfico conjunto do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) e da Fundação Gaudium Magnum — Maria e João Cortez de Lobão (FGM), e ficará em exposição até 03 de julho, anunciou a instituição.

A nova obra, que pertence à Coleção Gaudium Magnum, é um óleo sobre tela do pintor Giovanni Baglione (1566-1643), nascido em Roma, tem como título “São João Baptista no Deserto”, uma dimensão de 194 por 151 centímetros e está assinada e datada de 1610.

Esta grande tela de São João Baptista, representado jovem, relaciona-se, segundo o museu, muito provavelmente com uma encomenda do cardeal Alessandro Damasceni Pereti di Montalto (1571-1623) que, em agosto desse ano de 1610, pagou a Baglione por uma pintura do mesmo tema.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A encomenda “mostra como Baglione era um dos pintores romanos com maior aceitação entre os cardeais e as principais famílias dos grandes colecionadores de arte da cúria papal, mesmo depois do episódio que o opôs judicialmente a Caravaggio e a outros pintores”, recorda ainda o MNAA.

Em 1603, Baglione acusou Caravaggio e alguns dos pintores mais próximos do grande mestre barroco de serem os autores de dois poemas jocosos contra ele que circulavam anonimamente em Roma, hoje conhecidos por terem ficado anexos ao processo forense.

A nova obra, que pertence à Coleção Gaudium Magnum, é um óleo sobre tela do pintor Giovanni Baglione (1566-1643), nascido em Roma, tem como título "São João Baptista no Deserto", uma dimensão de 194 por 151 centímetros e está assinada e datada de 1610

Apesar de alguns dos visados, como Orazio Gentileschi, reconhecerem a valia artística do pintor, Caravaggio proferiu no processo uma frase rude e direta dizendo que não conhecia nenhum artista “que pensasse que Baglione fosse um bom pintor”, recorda.

Ao longo da sua carreira, Giovanni Baglione absorveu e cruzou influências muito diversas, tendo feito aprendizagem com Francesco Morelli. Trabalhou nas obras do Vaticano, na Scala Santa, na Biblioteca e no Palazzo Lateranense, incorporando influências de Veronese e de pintores tardo-maneiristas como Frederico Zuccari e o Cavalier d’Arpino.

Uma doença levou-o a viajar para Nápoles, na década final do século, onde trabalhou na Cartuxa de San Martino, com Giuseppe Cesare.

Foi quando retornou a Roma, no final do século XVI, e nos anos seguintes, que se manifestou na sua obra a mais sensível influência de Caravaggio, que viria a ser interrompida após o conflito de 1603.

“Este interesse pelas obras dos outros artistas, bem como um estudo continuado dos modelos escultóricos, marcaram profundamente a obra de Baglione, numa versatilidade que lhe foi reconhecida por alguns escritores contemporâneos, como Karel van Mander”, refere ainda o MNAA, sobre o autor.

Tal como ocorreu com as anteriores peças cedidas pela fundação, o novo quadro estará em exibição na ala de pintura europeia, num espaço dedicado ao programa, situado na sala 49 do MNAA.

A Fundação Gaudium Magnum — Maria e João Cortez de Lobão existe desde 2018, tendo como missão “enaltecer Portugal, a língua portuguesa, a sua cultura e as suas gentes”, apostando em quatro eixos estratégicos: cultura, educação, beneficência e investigação.

Na área cultural, e em particular a coleção de arte, reúne um espólio de peças centrada nos mestres antigos de pintura, com uma forte componente de autores portugueses.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora