O governo britânico ampliou a lista de sanções comerciais, proibindo a importação de prata, produtos de madeira e caviar. A administração liderada por Boris Johnson aumentou ainda as taxas alfandegárias em 35 pontos percentuais sobre certos produtos da Rússia e da Bielorrússia, aliada de Moscovo. particularmente diamantes e borracha.

Londres afirma ter sancionado, desde o início da invasão russa da Ucrânia, mais de 1.400 pessoas e empresas ligadas ao regime do Presidente russo Vladimir Putin.

Esta nova vaga de sanções visam ainda “aqueles com sangue ucraniano nas mãos, incluindo o comandante da unidade que ocupou Bucha e outros indivíduos e empresas que apoiam o Exército de Putin”, realçou através da rede social Twitter a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss.

No total, 26 pessoas são alvo destas novas sanções, incluindo o tenente-coronel Azatbek Omurbekov, o homem apontado como responsável pelo massacre de Bucha.

As autoridades britânicas dizem que o chamado “carniceiro de Bucha” comandou as forças que ocuparam a cidade nos arredores de Kiev onde as autoridades ucranianas e ocidentais alegam terem sido cometidos crimes de guerra e homicídios de civis, estimando-se que tenham morrido cerca de 350 pessoas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Omurbekov e vários outros estão sujeitos a proibição de viagem e congelamento de bens.

As autoridades britânicas também alargaram a lista de sanções a indivíduos e empresas que apoiam a invasão russa da Ucrânia incluindo Oleg Belozyorov, presidente da empresa de logística Russian Railways, e fornecedores e fabricantes de armas russos, como a Kalashnikov Concern.

Neste grupo de pessoas estão ainda Ilya Kiva, deputado ucraniano expulso pelas suas posições pró-russas e que questionou a soberania e a independência da Ucrânia ao apoiar a invasão russa do país vizinho.

No pacote de hoje estão mais 19 indivíduos e entidades sujeitos a sanções, alinhando a lista do Reino Unido com outros países do G7 (as sete maiores economias mundiais) e da União Europeia (UE).

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU — a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).