O Presidente norte-americano, Joe Biden, voltou a condenou, esta terça-feira, aquilo que considera ser as “atrocidades revoltantes” ordenadas pelo seu homólogo russo, Vladimir Putin, reforçando que as forças russas já “cometeram muitos crimes de guerra” na Ucrânia.

Numa conferência de imprensa numa fábrica de armas no estado norte-americano do Alabama, Joe Biden elogiou as forças ucranianas, que estão a desempenhar as suas funções “de forma fenomenal”, destacando a “coragem” daquele exército. A ajudar nestes feitos militares de Kiev estão os Estados Unidos: o líder da Casa Branca diz que “estão a liderar o apoio aos ucranianos para defender o seu país”.

O mundo está, de acordo com Joe Biden, a atravessar uma “ponto de inflexão” na História. “As coisas estão a mudar tão radicalmente, que temos de ser nós a controlá-las”, disse, apontando que este tipo de disrupções acontecem “a cada seis a oito gerações”.

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Para o Presidente norte-americano, vive-se uma luta entre “autocracias e democracias”. Na ocasião, aproveitou para citar o chefe de Estado chinês, Xi Jinping, que afirmou que as democracias não são um regime político sustentável no século XXI.

Recuperando as palavras do ex-Presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt durante a II Guerra Mundial, Joe Biden considera que os EUA devem ser o “arsenal da democracia” para conseguirem lutar contra as autocracias. Se as democracias não vencerem, “todo o mundo muda”, avisou o chefe de Estado. “A democracia tem de enfrentar os ditadores. O seu apetite pelo poder não pode continuar a crescer.” 

“O corajoso povo ucraniano e os cidadãos que decidiram pegar em armas para defender o seu país da agressão merecem toda a consideração e ajuda”, declarou Joe Biden, deixando um aviso: o auxílio militar não irá sair “barato”.

“Vai ser custoso”, reforçou o Presidente norte-americano, explicando que ou os EUA ajudam a Ucrânia, ou ficam impávidos perante “atrocidades e agressões”. “Qual é a resposta? Eu acho que sei”, apontou, acrescentando que, assumindo o papel de “arsenal de democracia”, os EUA têm de “garantir a capacidade” financeira para proteger as democracias.

Joe Biden, pediu esta terça-feira ao Congresso norte-americano que aprove “rapidamente” a extensão do pacote de assistência militar à Ucrânia, que permite manter a entrega de armamento na frente de combate.

“Precisamos de mais dinheiro para garantir que os Estados Unidos podem continuar a enviar armas e fornecer ajuda humanitária à Ucrânia”, salientou Biden, durante a visita.

Na semana passada, Joe Biden pediu ao Congresso mais 33 mil milhões de dólares (cerca de 31 mil milhões de euros), pacote de assistência que permitirá acelerar o envio de armamento para a frente de combate.

Biden: “Não estamos a atacar a Rússia, estamos a ajudar a Ucrânia a defender-se”