O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursou esta quinta-feira por videochamada na Conferência internacional de doadores para a Ucrânia, uma iniciativa organizada pelos primeiros-ministros da Polónia e Suécia. Na sua intervenção, Zelensky pediu que a adesão do país à União Europeia acelere e mostrou-se otimista: “A Ucrânia, a Europa e o mundo inteiro caminham para uma vitória conjunta”, disse.

Zelensky notou que após a guerra a Ucrânia irá necessitar de um “plano de recuperação e reconstrução em grande escala”, pelo que defendeu um “plano de apoio internacional estratégico” que lembre “o histórico Plano Marshall”. E acrescentou: “Será um investimento na estabilidade de toda a Europa central e toda a Europa de leste”.

O chefe de Estado do país invadido militarmente pela Rússia defendeu ainda que a Ucrânia precisa de “caminhar rapidamente em direção à adesão à União Europeia” e que o pode fazer “adquirindo o estatuto de país candidato”. Esse estatuto “deve ser dado já” e a morosidade habitual do processo para um país “se tornar Estado-membro da UE” deve ser contornada devido às “condições excecionais de guerra”, acrescentou Zelensky.

Alegando que “a guerra da Rússia contra a Ucrânia foi projetada como preparação para um ataque [não necessariamente militar] contra a União Europeia”, Zelensky acrescentou: “Assim sendo, uma unificação reforçada seria uma resposta poderosa para tudo isso”. Por tudo isto, “a entrada da Ucrânia no clube de membros da União Europeia deve ser uma realidade absoluta, não apenas uma promessa ou uma perspetiva mas algo que exige passos práticos”. Mais: “Sei que estamos preparados para esses passos e vocês sabem-no também”.

No final da sua intervenção, o Presidente ucraniano agradeceu a todos os que participaram na conferência “por estarem connosco nesta guerra pela liberdade e por uma vida democrática para milhões de pessoas — não apenas para a Ucrânia mas para todos nós e por todos aqueles que se possam sentir ameaçados pela tirania”.

Na conferência de imprensa participaram, por exemplo, o primeiro-ministro português António Costa — através de videoconferência — e os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu.

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