O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, recebeu nesta terça-feira um emissário do Presidente norte-americano Joe Biden, que, segundo fontes oficiais, entregou em mão um convite para o responsável brasileiro participar na Cimeira das Américas.

Bolsonaro, que ainda não confirmou se irá participar na reunião marcada para os dias 8, 9 e 10 de junho em Los Angeles, ainda não se pronunciou sobre a reunião com o antigo senador democrata Christopher Dodd, que não estava na sua agenda mas foi confirmada à agência espanhola Efe por fontes presidenciais.

Segundo as mesmas fontes, Dodd entregou-lhe pessoalmente um convite para a Cimeira das Américas endereçado por Biden, que está no meio de uma ofensiva diplomática para tentar minimizar as ausências na conferência de Los Angeles.

Outras fontes afirmaram que Dodd, o conselheiro especial nomeado pela Casa Branca para a Cimeira, assegurou mesmo a Bolsonaro que, em Los Angeles, poderia ter uma reunião bilateral com Biden, embora isto não tenha sido confirmado pela presidência brasileira.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Até agora, pelo menos em público, Bolsonaro apenas disse que ainda não decidiu sobre a sua possível presença, que está a “estudar” o assunto e que a sua viagem dependerá de “muitas coisas”, embora não tenha especificado nenhuma delas.

A Casa Branca indicou que Cuba, Nicarágua e Venezuela não serão convidadas para a reunião, o que causou mal-estar entre vários governos latino-americanos.

O primeiro a protestar contra a potencial exclusão destes três países foi o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que anunciou a sua ausência se todos os países das Américas não fossem convidados, posição a que mais tarde se juntou o Presidente boliviano, Luis Arce.

Esta posição poderia ser imitada por alguns países das Caraíbas e tentará ser reforçada numa reunião de líderes da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (ALBA) que foi convocada por Cuba para a próxima sexta-feira.

No caso de Bolsonaro, os casos de Cuba, Nicarágua e Venezuela não pesam muito, mas a sua relação com Biden não é das melhores, ao ponto de, na campanha eleitoral de 2020 nos Estados Unidos, ter apoiado abertamente o então Presidente Donald Trump.

Tal como Trump, o Presidente brasileiro também questionou o resultado dessas eleições e foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Biden.