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O que nos revela Sam Heughan sobre a nova temporada de "Outlander"?

Este artigo tem mais de 2 anos

Os bastidores de “Outlander” têm “profissionalismo zero”, diz o ator que interpreta Jamie Fraser – prova de que as ligações fortes presentes na série vão além da câmara. A temporada 6 já se estreou.

“Outlander” fez explodir a carreira de Sam Heughan e foi muito além das fronteiras da Escócia com uma história de amor arrebatadora que começa com uma viagem no tempo de uma enfermeira, Claire (Caitriona Balfe), transportada de 1945 para 1743
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“Outlander” fez explodir a carreira de Sam Heughan e foi muito além das fronteiras da Escócia com uma história de amor arrebatadora que começa com uma viagem no tempo de uma enfermeira, Claire (Caitriona Balfe), transportada de 1945 para 1743

“Outlander” fez explodir a carreira de Sam Heughan e foi muito além das fronteiras da Escócia com uma história de amor arrebatadora que começa com uma viagem no tempo de uma enfermeira, Claire (Caitriona Balfe), transportada de 1945 para 1743

O nome é comum, mas a história da sua escolha nem por isso. Sam e o irmão, Cirdan, foram assim batizados em homenagem às personagens de “O Senhor dos Anéis”. Os pais eram hippies e faziam parte de uma comunidade inspirada na obra de J.R.R. Tolkien chamada Gandalf’s Garden. Porém, quando o pai deixou a família, a mãe trocou Londres por uma pequena localidade na Escócia. Explorar o meio artístico sempre foi um dos grandes incentivos na família – nunca houve outra opção além de representar, mesmo que o verdadeiro sucesso só tenha chegado quando Sam Heughan tinha 34 anos.

“Outlander” fez explodir a sua carreira e foi muito além das fronteiras da Escócia com uma história de amor arrebatadora que começa com uma viagem no tempo de uma enfermeira, Claire (Caitriona Balfe), transportada de 1945 para 1743. Desde a estreia, em 2015, muita coisa aconteceu na narrativa, que já viajou até à Jamaica e aos EUA.

Entretanto, passaram-se mais de dois anos desde a quinta temporada de “Outlander”, uma espera que tem sido insuportável para os fãs mais leais, mas que terminou esta segunda-feira, 6 de junho. No TVCine Emotion, recomeçou a saga de Claire e Jamie Fraser. As personagens estão exatamente onde as deixámos, na América Colonial, a tentar proteger e defender Fraser’s Ridge de uma revolução que se aproxima.

As dificuldades de filmar durante a pandemia reduziram os habituais 12 ou 13 episódios para oito e tudo começa com um regresso ao passado, mais precisamente à prisão de Ardsmuir. Sam Heughan começou a interpretar um Jamie Fraser de 23 anos, viajando com ele até aos 50 anos, para agora ter direito a um flashback na história.

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Além de “Outlander”, o ator, que é um apaixonado pela Escócia, criou um whisky – a que chamou The Sassenach, o nome que Jamie dá a Claire na história –, escreveu dois livros e fez uma série de viagens. Antes da estreia dos novos episódios, o Observador, juntamente com três jornalistas de outros pontos do mundo, falou com Sam Heughan.

[o trailer da temporada 6 de Outlander:]

É estranho ver-se a envelhecer no ecrã?
Espero não estar tão velho como o Jamie, mas estou a apanhá-lo. É interessante porque estou a interpretar um avô, é uma estreia para mim. Fui do Jamie com 23 anos até ao Jamie agora com 50/60 anos, é curioso. Nesta temporada, andar para trás para Ardsmuir [prisão onde a personagem esteve detida anos antes], no primeiro episódio, é um desafio engraçado. Neste caso, nem tenho de imaginar. Estive, através do Jamie, em Culloden, passei por essas experiências. Eu e a Caitriona não temos de usar sempre a nossa imaginação, já vivemos com estas personagens há muito tempo.

Quais têm sido as maiores recompensas por interpretar a personagem há tanto tempo e quais os maiores desafios?
Quando começamos a desenvolver uma personagem, tudo é uma descoberta. Mas, quando passamos muito tempo com uma personagem, temos uma memória emocional à qual recorremos. Não temos de imaginar, está sempre lá. As relações também são muito importantes. Eu e a Caitriona temos uma relação de muita confiança, sabemos como cada um trabalha. Tudo isso importa para a ligação das personagens. O desafio é quando a personagem faz algo inesperado, eu gosto muito, mas às vezes não percebemos bem o motivo ou não concordamos.

O Jamie parece já ter vivido mil vidas. As suas experiências deixam os espectadores drenados. O que faz para se preparar física e mentalmente?
Tem razão, ele já teve tantas vidas, personalidades, seis ou sete nomes. Voltar a Ardsmuir foi muito interessante, naquela altura ele estava tão desligado do mundo, tinha perdido a Claire, achava que ia morrer, ele queria morrer – portanto, vivia na escuridão, nas sombras, em memória da Claire. Voltar e revisitar isso, mas também entender e aprofundar mais a história, foi interessante porque tive de voltar a isolá-lo. Ele não queria interagir com ninguém, não queria ser um líder, mas tinha de o ser. Como é que se prepara? Não sei bem, para ser honesto. Há sempre muitos desafios e esta temporada não é exceção.

As cenas são muito intensas e pesadas por vezes. Calculo que tenham de descomprimir. Quem é a pessoa que, nos bastidores, faz todos os outros rir?
Somos terríveis. Normalmente, quando a família está toda junta – a Lauren [Lyle, que interpreta Marsali], o Richard [Rankin, que faz de Roger], a Sophie [Skelton, que é Brianna] e a Caitriona – temos as cenas na mesa para ler e eu até me sinto mal pela equipa técnica porque é o caos, estamos todos a falar. Temos profissionalismo zero. Eu acho piada porque somos realmente como uma família, não nos calamos. A Caitriona ri muito e é muito pouco profissional, mas a nossa nova adição, o Mark [Lewis Jones, que interpreta Thomas Christie], também tem muita piada e é muito bom a escondê-lo. A cena em que a Claire está a coser-lhe a mão, no terceiro episódio, foi muito difícil de filmar para mim. Não é fácil manter-me sério com eles os dois.

Em que é que o material desta temporada se compara às anteriores?
Na última temporada, perder o Murtagh (Duncan Lacroix) foi um arco narrativo incrível. Esta temporada foi menos emotiva, pelo menos a filmar, mas o Jamie está também numa fase menos forte. Está preocupado com a Claire, está a tentar protegê-la e às pessoas no Fraser’s Ridge, tem muitas responsabilidades. Todas as temporadas têm tido desafios. Na terceira, por exemplo, foi de loucos a jornada que ele fez [as personagens viajam até à Jamaica para resgatar Ian].

Chegou a dizer que antes de “Outlander” se sentia perdido, não sabia bem o que fazer. A série mudou-lhe a vida?
Eu sabia o que queria fazer, estava a representar e a ter aqueles trabalhos em restaurantes e bares, como a maioria dos atores. Tive sucessos, tive fracassos, estive a trabalhar numa tournée mundial do “Batman Live” e fiz algum dinheiro. Passei muito tempo nos EUA a tentar entrar numa série, fiz castings para grandes papéis, mas nunca os consegui. Regressei ao Reino Unido muito desiludido. Estava à procura de um trabalho, tinha 34 anos e pensava: “Será que consigo fazer isto? O que vai acontecer quando, daqui a cinco ou 10 anos, continuar a viver num apartamento partilhado de um quarto?” Estava num dilema se esta seria a carreira certa, se devia estar a fazer isto, mas sabia que amava representar e senti que era a única coisa que queria fazer. Depois fiz uma audição para “Outlander” e muito rapidamente, acho que em duas semanas, consegui o papel e foi isso. Já lá vão oito anos.

O Jamie já provou várias vezes que é um empreendedor. É algo que o Sam partilha com ele, por exemplo com a sua marca de whisky?
Há muitos paralelos. Ele produz whisky – bom, na verdade é o Fergus que produz – mas, sim, provavelmente algumas das características do Jamie passaram para mim. Nunca imaginei que criaria a minha própria série [“Men in Kilts: A Roadtrip With Sam and Graham”], escreveria livros ou começaria um negócio de whisky. “Outlander” ou o Jamie deram-me confiança e oportunidades. Engraçado, talvez seja mesmo graças a ele.

Muitas pessoas passaram a adorar a Escócia por causa da série, chamam-lhe “o efeito Outlander”. A sua série “Men in Kilts” e o livro “Clanlands: Whisky, Warfare, and a Scottish Adventure Like No Other” também contribuíram para isso. Sente-se orgulhoso?
Sim, claro. Parte da popularidade da série também se deve à Escócia. E, embora já não estejamos na Escócia no decorrer da história, ainda filmámos lá. Sou um escocês orgulhoso e sinto-me muito feliz pelo que temos construído: o estúdio e o investimento numa nova equipa. Agora há muitas produções e turismo. Sinto-me muito feliz por tudo o que tem acontecido e estou só à espera de me tornar o embaixador oficial [risos].

Além do amor pela Escócia, a série deixou as pessoas mais curiosas em relação às próprias raízes. Aconteceu o mesmo consigo, quis descobrir mais sobre os seus antepassados?
Sim, absolutamente. Não sabia muito e, no início da série, comecei a descobrir mais sobre a Escócia. Por isso, quis criar “Clanlands” e “Men in Kilts”. Isso levou-me depois a pesquisar sobre a minha família. Acho que revelei um pouco disso no segundo livro, The Clanlands Almanac: Seasonal Stories From Scotland. Eu achava que era de uma família pequena e percebi que não, é incrível como estamos todos ligados.

Por vezes imagina como seria Jamie em 2022? Que tipo de homem seria ele se pudesse viajar para esta época?
A Diana [Gabaldon, autora dos livros que deram origem à série] diz sempre que ele nunca tentaria viajar no tempo e eu concordo. Por outro lado, ele tem uma mentalidade muito evoluída. Quando o conhecemos, ele é novo e avançado, mas ainda bate à mulher por lhe desobedecer – é um homem daquela época. Porém, aprende depressa. Penso que, se ele viajasse para esta época, adaptar-se-ia rapidamente. Tem compaixão, empatia, acho que safar-se-ia bem. Só não sei bem como seriam as redes sociais dele.

 
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