O primeiro-ministro israelita em funções conversou esta sexta-feira com o Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, pela primeira vez desde que assumiu o cargo na sexta-feira, declarou o gabinete de Yair Lapid.

De acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita, esta conversa com Abbas ocorreu devido ao feriado muçulmano de Eid al-Adha (Festa do Sacrifício). O líder palestiniano, por sua vez, parabenizou Yair Lapid pela sua nova posição no Governo israelita.

A mesma fonte especificou que, durante a conversa, os dois líderes “falaram sobre a continuidade da cooperação e a necessidade de garantir tranquilidade e calma”, após vários meses de instabilidade na área, onde mais de 70 pessoas morreram em incidentes violentos desde o final de março.

Por outro lado, Abbas também conversou esta sexta-feira com o Presidente israelita, Isaac Herzog, com quem discutiu os preparativos para a visita do Presidente norte-americano, Joe Biden, à região na próxima semana.

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Estas duas conversas ocorreram após uma reunião na noite de quinta-feira, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, entre Abbas e o ministro da Defesa israelita, Beny Gantz, também focada na visita de Biden e na prevenção de incidentes violentos nos próximos dias.

Durante essa reunião, “discutiram os desafios civis e de segurança regionais” e “concordaram em continuar a coordenação de segurança e evitar atividades que possam causar instabilidade”, segundo o gabinete de Gantz.

Estas conversas entre a liderança palestiniana e israelitas começaram em meados do ano passado, após a formação do recente Governo israelita, marcando o fim de mais de 10 anos sem conversas oficiais de alto nível entre os dois lados.

Os meios de comunicação locais informaram esta sexta-feira que as autoridades israelitas temem uma nova onda de violência durante a visita de Biden, que acontecerá entre os dias 13 e 15 deste mês e incluirá reuniões com líderes israelitas e palestinianos.

O foco da visita do Presidente norte-americano, no entanto, deverá ser em questões regionais, considerando também que, após passar por Jerusalém, viajará para a Arábia Saudita, não sendo esperados grandes anúncios sobre o conflito entre israelitas e palestinianos.