Começou por ser tratado como um pequeno atraso, passou depois a ausência justificada mas que não iria demorar, está agora confirmada como uma falta que pode estar para durar: depois de não ter integrado os trabalhos do Manchester United no início da semana, Cristiano Ronaldo continuou fora dos trabalhos que estão a ser dirigidos pelo neerlandês Erik ten Hag e não integra a lista de 31 convocados do técnico para a digressão que o clube vai fazer pela Tailândia e pela Austrália, com tudo o que isso terá de desvantagem perante os acordos assinados pelos red devils. “Foi concedido mais algum tempo ao jogador para lidar com um problema familiar”, explicou de novo o conjunto de Old Trafford de forma oficial.

Nova novela à vista? Ronaldo pede para sair, United não admite vendê-lo e há três clubes à espera do avançado

No entanto, essa ausência, que parecia há muito confirmada, surgiu no mesmo dia em que o United fez a apresentação dos novos equipamentos para a temporada de 2022/23, com o português a assumir o papel de destaque numa campanha que conta também com algumas jogadoras da equipa feminina e o clube a receber algumas críticas por parte de adeptos por apostar no número 7 numa fase em que a continuidade não é ainda um cenário certo e que conheceu um novo capítulo esta sexta-feira na imprensa internacional.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

De acordo com a ESPN, o Chelsea estará a preparar uma proposta de 16,5 milhões de euros para garantir os serviços do avançado de 37 anos – não sendo provável que possa aumentar muito mais esse valor, tendo em conta que se trata de um custo que dificilmente terá retorno numa futura nova venda. A ideia de Todd Boehly, novo proprietário dos blues depois da saída de cena de Roman Abramovich, passa por tentar juntar algumas estrelas ao reforço no plano desportivo do plantel, tendo por isso reunido com Jorge Mendes há algumas semanas para perceber que jogadores poderiam interessar aos londrinos.

O português não deu ainda qualquer sinal público da vontade de abandonar ou não Old Trafford na próxima temporada, sendo certo que o Chelsea abriria a possibilidade de jogar a Liga dos Campeões, algo que aconteceu sempre desde que se mudou para Inglaterra no verão de 2003. Essa era, de acordo com a imprensa inglesa, uma de duas razões que levaram Ronaldo a admitir a possibilidade de sair do United, clube onde tinha voltado no último verão: a falta de investimento em reforços que possam tornar o plantel mais equilibrado e competitivo e a hipótese de jogar a Champions e não a Liga Europa.

Cristiano Ronaldo fora do plantel do Manchester United que seguirá para o estágio de pré-temporada na Tailândia

“Não vejo o Ronaldo a voltar a jogar pelo Manchester United. Sendo totalmente honesto, acho que o Erik ten Hag nem sequer o quer na equipa, mas não gosto do que se está a passar. O Cristiano marcou muitos golos na época passada, deu-lhes bastantes pontos, mas ficaram fora dos quatro primeiros. Isto não bate certo. Não sei o que terá acontecido mas desde fevereiro que se percebia que não iam chegar à Champions. Agora, o United está e enfrentar um verdadeiro pesadelo e vai tentar pintar o Cristiano como o mau da fita”, comentou o antigo internacional do Arsenal Paul Merson, na sua coluna no Daily Star.

Cristiano Ronado falha regresso aos treinos por motivos familiares

O facto de ter sofrido um corte no ordenado anual depois da ausência do Manchester United da Liga dos Campeões também ajudará a uma possível saída mas, mais do que esse aspeto, é na parte desportiva que o jogador assenta a sua prioridade, sobretudo na possibilidade de jogar a Champions e estar num projeto que possa lutar pelo títulos (algo que nesta altura não se parece “colocar”, com várias saídas de peso a custo zero do plantel e apenas uma contratação confirmada: o lateral Malicia do Feyenoord). Contudo, pode haver um obstáculo que passa pela resistência dos red devils em cederem o avançado no último ano de ligação que tem ao clube, ainda para mais sabendo que estariam a reforçar um adversário direto – e entre os falados Bayern, Barcelona ou Nápoles, o Chelsea é a formação que em melhor situação se encontra.