O incêndio que deflagrou na tarde de sábado, 13 de agosto, no concelho da Guarda entrou em fase de “resolução”, segundo informação disponível no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O comandante Pedro Araújo da ANEPC explicou à rádio Observador que o operacionais vão ficar atentos a possíveis reacendimentos. Para já, os meios vão manter-se no terreno nos trabalhos de consolidação deste incêndio, que começou em Mizarela, na Guarda, tendo levado à evacuação da praia fluvial de Aldeia Viçosa e da povoação de Soida. Está a ser combatido por 408 operacionais apoiados por 121 viaturas.

“Nas próximas horas vamos estar atentos a possíveis reacendimentos que sempre vão surgindo em toda a área percorrida pelo incêndio.Vai ser um trabalho de vigilância e de intervenção nos pontos quentes do incêndio, que vêm sendo eliminados progressivamente desde que o incêndio foi dado como terminado”, disse o comandante.

Às 22h de sábado, o comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, António Pereira, disse à Lusa que existiam duas frentes ativas, uma para Mizarela e a outra para Vila Cortês, mas que começavam “a ceder” ao combate.“As chamas já começam a ceder ao combate, mas ainda nos espera uma noite de muito trabalho e tudo vai depender do vento e das direções que possa tomar ou da sua própria força. O incêndio não está controlado”, contou António Pereira.

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O comandante explicou nesta altura que, das duas frentes ativas do incêndio em Aldeia Viçosa, no concelho e distrito da Guarda, a “do lado direito, em Mizarela, neste momento não dá para combater, porque está numa zona onde os homens não chegam, tem de se esperar por uma janela de oportunidade para continuar o combate, mas já baixou a intensidade”.

A frente do lado esquerdo, continuou o comandante, “virada para Vila Cortês [do Mondego] continua mais ativa, mas a ceder ao combate e agora é esperar que continue a ceder e que o vento não vire” de direção.

O alerta em Aldeia Viçosa foi dado pelas 15h36 de hoje e, quase de imediato, foram evacuadas a praia fluvial de Aldeia Viçosa e a povoação de Soida e, pelas 19h40 o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, disse à agência Lusa que o incêndio estava “descontrolado”.

Segundo o autarca, “foi um incêndio que sofreu uma propagação muito rápida” tendo em conta “os ventos fortes e a localização”, numa encosta, junto às eólicas de Mizarela.

“Entretanto, tivemos de retirar também um grupo de campistas de 60 pessoas do parque de campismo de Mizarela” que foram “levados para a Guarda”, contou o autarca.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, António Pereira, explicou à agência Lusa que “há dois feridos a registar”, um dos quais é um bombeiro da sua corporação, que sofreu uma queda no teatro de operações e terá “um possível traumatismo num membro inferior”.

“E há também um popular que foi transportado ao hospital por inalação de fumo”, disse.

Segundo disse à agência Lusa o comandante regional do Centro da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, António Ribeiro, “este incêndio é totalmente independente do outro que esteve ativo ao longo da semana” na serra da Estrela.

Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 22h30 estavam a combater as chamas 359 operacionais, apoiados por 95 veículos.