O secretário-geral da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, assegurou esta terça-feira que o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da organização caminha para o fim, reconhecendo a complexidade da operação.

O processo do DDR é complexo, mas o importante é que nós estamos a caminhar para o fim”, disse André Majibire, falando numa mesa-redonda do partido em Maputo.

Majibire avançou que na última semana mais uma base dos homens armados da Renamo foi encerrada no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, norte do país, mas não houve “publicidade, devido à situação de terrorismo”.

O político considerou difícil indicar uma data para o fim do processo de DDR, referindo que a operação tem passado por contratempos provocados por necessidade de correções.

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Apelou a todos os atores políticos e à sociedade moçambicana para se empenharem na manutenção da paz, realçando a importância do respeito das liberdades políticas e partilha de oportunidades económicas.

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo, Ossufo Momade, assinaram em agosto de 2019 o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, prevendo, entre outros aspetos, o DDR do braço armado do principal partido de oposição.

No âmbito do DDR, já foram desativadas 12 das 16 bases da Renamo e 68% dos cerca de cinco mil guerrilheiros do partido já foram desmobilizados.