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A primeira página do Evangelho segundo St. Juste (a crónica do Estoril-Sporting)

Este artigo tem mais de 1 ano

Central neerlandês estreou-se a titular, estreou-se a marcar e foi dos melhores do Sporting contra o Estoril. Leões voltaram às vitórias e ainda viram os primeiros minutos do reforço Alexandropoulos.

GD Estoril v Sporting CP - Liga Portugal Bwin
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O central neerlandês abriu o marcador ainda dentro do quarto de hora inicial

Getty Images

O central neerlandês abriu o marcador ainda dentro do quarto de hora inicial

Getty Images

Quando o Sporting perdeu com o FC Porto, no Dragão, Rúben Amorim disse que bastava uma vitória contra o Desp. Chaves para que ficasse tudo bem. Quando o Sporting perdeu com o Desp. Chaves, em Alvalade, Rúben Amorim disse que bastava uma vitória contra o Estoril para que ficasse tudo um bocadinho melhor. Pelo meio, algo era certo: se o Sporting não ganhasse esta sexta-feira, na Amoreira, tudo ficava bastante mal.

Na última semana e meia, depois dessas duas derrotas consecutivas, o treinador leonino tem atravessado uma crise de resultados que ainda não tinha enfrentado desde que chegou a Alvalade. Logo, por consequência, o Sporting também atravessava uma crise de resultados que ainda não tinha atravessado desde que Rúben Amorim chegou a Alvalade. A três pontos do FC Porto e a 11 do Benfica, ainda que entrasse em campo já depois de os encarnados terem vencido o Vizela na Luz, a equipa de Amorim precisava urgentemente de uma vitória não só para não cair ainda mais na classificação mas principalmente para não dar uma época por perdida ainda no início de setembro.

Ficha de jogo

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Estoril-Sporting, 0-2

5.ª jornada da Primeira Liga

Estádio António Coimbra da Mota, em Cascais

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)

Estoril: Dani Figueira, Tiago Santos, Bernardo Vital, Pedro Álvaro, Joãozinho, Rosier, Ndiaye (Léa Siliki, 77′), Tiago Gouveia, Francisco Geraldes (Erison, 68′), Rodrigo Martins (João Carvalho, 68′), João Carlos (Benchimol, 39′)

Suplentes não utilizados: Pedro Silva, Serginho, Delos, Mexer, Tiago Araújo, Danilo

Treinador: Nélson Veríssimo

Sporting: Adán, Jeremiah St. Juste (Luís Neto, 77′), Coates, Matheus Reis, Pedro Porro (Ricardo Esgaio, 89′), Manuel Ugarte (Alexandropoulos, 89′), Morita, Nuno Santos, Trincão, Marcus Edwards (Rochinha, 57′), Pedro Gonçalves (Fatawu, 89′)

Suplentes não utilizados: Franco Israel, Gonçalo Inácio, Dário Essugo, Rodrigo Ribeiro

Treinador: Rúben Amorim

Golos: Jeremiah St. Juste (13′), Marcus Edwards (21′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Marcus Edwards (57′), a Adán (66′), a Ndiaye (68′), a Rochinha (78′), a Pedro Álvaro (81′), a Coates (83′), a Tiago Gouveia (84′), a Pedro Porro (86′), a Léa Siliki (90+3′), a Fatawu (90+3′)

“Não tenho acesso à comunicação que sai e o que me custa mesmo é perder jogos, olhar para a tabela, para a percentagem de vitórias, e ver equipas a lutar pelos nossos objetivos que estão muito à frente. Equipas que estão a lutar por eliminatórias, equipas que têm ido ao playoff. Faço o que for preciso para ganhar jogos. Eu tenho uma memória longa e já vi vários treinadores a passar por aqui. Salvaguardei várias vezes e vi que o momento podia mudar. Não durmo tantas horas porque a equipa sofre vários golos, acordo mais cedo. Não ligo ao resto. Sei que no futebol não existe razão. Também já fui adepto e sei como as coisas são. Na minha cabeça, acredito que podemos dar a volta e ganhar os jogos que faltam. Só quero ganhar ao Estoril e ficará tudo um bocadinho melhor”, disse o treinador leonino na antecâmara da visita à Amoreira.

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Assim, esta sexta-feira, Rúben Amorim demonstrava essa vontade de ganhar e fazia várias alterações ao onze inicial face à equipa que perdeu com o Desp. Chaves em Alvalade. Luís Neto, Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio e Rochinha começavam todos no banco de suplentes e Jeremiah St. Juste, Matheus Reis, Pedro Porro e Morita saltavam para a titularidade, com o central neerlandês a estrear-se no onze leonino. Com Morita no meio-campo, Pote voltava ao trio ofensivo após ter feito de ‘8’ contra o Desp. Chaves. Do outro lado, Arthur Gomes já não fazia parte do lote de escolhas de Nélson Veríssimo — isto depois de, esta quinta-feira, ter sido anunciado como o mais recente reforço do Sporting.

A equipa de Rúben Amorim começou claramente por cima, assumindo a maioria da posse de bola e colocando a primeira linha de construção na zona do meio-campo, obrigando o Estoril a baixar as linhas e a proteger o último terço. A primeira oportunidade do jogo surgiu ainda dentro do quarto de hora inicial, com Matheus Reis a acertar na trave de cabeça após um pontapé de canto (11′), e a verdade é que o Sporting não demoraria muito mais a abrir o marcador. Num novo canto mas na esquerda, Jeremiah St. Juste apareceu sozinho na pequena área e nem precisou de tirar os pés do chão para cabecear e estrear-se a marcar pelos leões no dia em que também se estreou a titular (13′).

Mas o central neerlandês ia fazendo bem mais do que isso. Ao longo da primeira parte, mostrou aquilo que ainda não tinha conseguido mostrar nos parcos minutos que teve: o porquê de o Sporting o ter contratado. Enquadrado no trio defensivo, ofereceu velocidade e verticalidade à equipa, avançando muitas vezes para criar superioridade numérica no meio-campo e demonstrando uma louvável e eficaz reação à perda da bola. O Estoril quase empatou menos de 1o minutos depois do golo de St. Juste, com Rodrigo Martins a atirar ao lado de pontapé de moinho quando tinha a baliza deserta pela frente (18′), mas os leões conseguiram aumentar a vantagem ainda dentro da primeira meia-hora.

Pedro Porro soltou Pote no corredor direito, o internacional português colocou à entrada da grande área e Marcus Edwards dominou bem para depois contornar o guarda-redes e atirar para a baliza (21′). O Sporting estava bem no jogo, demonstrando uma eficácia e um critério no último terço que foi precisamente o que falhou contra o Desp. Chaves, e ia beneficiando da qualidade individual e das boas combinações na ala direita para tornar difícil de contrariar a superioridade que exercia na Amoreira.

Ainda assim, era claro que a equipa de Rúben Amorim atuava em cima de brasas a arder. Adán continuava muito instável, errando nas abordagens tanto no lance em que Rodrigo Martins quase marcou como noutro em que João Carlos atirou por cima (25′), e a defesa leonina parecia tremer sempre que o Estoril lançava a transição rápida. Contudo, o Sporting chegou ao intervalo a ganhar por dois golos de diferença e poderia até ter dilatado a vantagem com um pontapé de Porro que passou por cima (36′) e outro de Edwards que Dani Figueira defendeu (43′).

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Estoril-Sporting:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo, sendo que Nélson Veríssimo teve de trocar João Carlos por Benchimol ainda no primeiro tempo devido a uma lesão muscular do avançado, e depressa se percebeu que o Estoril queria defender mais em cima na segunda parte para encurtar o espaço de ação do Sporting. Nos 10 minutos iniciais, aliás, a lógica inverteu-se por completo e o conjunto da Linha ia dominando, obrigando a equipa de Rúben Amorim a atuar totalmente encostada ao próprio meio-campo.

Benchimol teve uma boa oportunidade para marcar, na sequência de uma assistência brilhante de Geraldes (54′), e o treinador leonino reagiu a partir do banco de suplentes. Saiu Edwards, entrou Rochinha, mas a história da segunda parte manteve-se — o Estoril tinha mais bola, estava sempre muito ligado ao ataque e próximo da baliza de Adán e o Sporting ia controlando as ocorrências, saindo essencialmente em transição rápida mas sem conseguir segurar a posse durante muito tempo.

A frequência dessas transições rápidas, porém, empurrou o Sporting para a frente. Rochinha ofereceu um critério superior na hora de temporizar e medir movimentações e a equipa foi galgando metros no relvado, passando a pressionar mais alto e de forma mais agressiva e empurrando o Estoril para o próprio meio-campo. Até ao fim, já nada aconteceu. Jeremiah St. Juste ainda foi substituído por Neto no quarto de hora final, comprovando que ainda não está totalmente bem fisicamente para cumprir 90 minutos, e nem precisava de ouvir os aplausos dos adeptos para perceber que tinha tido a primeira noite de glória com a camisola leonina e chegar ao banco a sorrir.

Enquanto preocupação, Amorim levou para casa os problemas musculares de Pote, que caiu no chão em duas ocasiões e acabou mesmo por ser substituído, sendo que ainda teve tempo para proporcionar a estreia e os primeiros minutos ao reforço Alexandropoulos. O Sporting conseguiu regressar às vitórias e bateu o Estoril na Amoreira, colocando-se em igualdade pontual com o FC Porto — ainda que à condição, porque os dragões só jogam este sábado frente ao Gil Vicente em Barcelos.

 
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