Galinhas em cima de tejadilhos, carne na bagageira e prateleiras vazias nos supermercados. Este foi o cenário na cidade de Chengdu, após a China ter decretado, esta quinta-feira, um confinamento total, no âmbito da estratégia “Covid–zero” que o país tem adotado. A decisão surgiu após as autoridades sanitárias terem detetado mais de 700 casos da doença na última semana.

O confinamento obrigou a que todos os residentes ficassem em casa a partir das 18 horas da última quinta-feira. Os cidadãos podem sair apenas em certas circunstâncias, uma das quais para fazer teste à Covid-19, sendo que a cidade já anunciou que vai levar a cabo uma testagem massiva.

Se os cidadãos tiverem teste negativo, poderão ir às compras — mas apenas é permitido que vá um elemento de cada agregado familiar. Em caso de emergência médica, os residentes também podem sair de casa, mas terão de pedir uma autorização prévia.

O confinamento implica que todos os negócios estejam fechados, regressando o teletrabalho obrigatório. Apenas supermercados, farmácias e hospitais se mantêm abertos — e os restaurantes apenas podem funcionar em modalidade take away.

Apesar de alguns negócios se manterem abertos, vários residentes entrarem em pânico, açambarcando bens alimentares. Algumas fotografias, partilhadas nas redes sociais, mostram imagens como as de alguém que prendeu várias galinhas num tejadilho de um carro.

Com 21 milhões de habitantes, Chengdu é uma das maiores cidades a entrar em confinamento total na China. A última foi Xangai, que saiu em junho de um lockdown que paralisou a metrópole de 25 milhões de residentes.

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