Para conseguir descobrir a localização das tropas russas, um grupo de hackers adotou uma estratégia diferente e decidiu fazer-se passar por mulheres nas redes sociais.

Os piratas informáticos recorreram a aplicações como o Telegram para criarem os perfis falsos para enganar os russos. Nessas plataformas fingiram ser mulheres e enviaram mensagens para as forças inimigas, segundo o Financial Times.

Foi dessa forma que conseguiram que os militares da Rússia enviassem imagens deles na linha da frente — sem saber que as estavam a enviar para hackers — que permitiram revelar a sua localização.

“Os russos querem sempre fazer sexo”, explicou Nikita Knysh, hacker que queria utilizar os seus conhecimentos para ajudar a Ucrânia a vencer a guerra. Para isso, recrutou cerca de 30 piratas informáticos e fundou um grupo chamado Hackyourmom.

O hacker Nikita Knysh disse ainda que a sua equipa participou noutros ciberataques desde o início da guerra, conseguindo inclusive enganar emissoras de televisão da Rússia para que reproduzissem clipes de notícias sobre vítimas civis ucranianas.

Quando os soldados russos enviaram as fotos, os hackers conseguiram identificar que as mesmas tinham sido tiradas de uma remota base militar russa perto de Melitopol, cidade ocupada no sul da Ucrânia, de acordo com o Business Insider.

Os pormenores da localização dos soldados russos foram transmitidos aos militares ucranianos. Dias depois, a 28 de agosto, o jornal Pravda noticiava que as Forças Armadas da Ucrânia tinham atacado uma das maiores bases militares russas no território da fábrica Avtokoliorlyt em Melitopol. Alguma imprensa internacional, como o Business Insider, escreve que a base militar atacada pelos ucranianos é a que os hackers ajudaram a descobrir.

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