Os filhos do príncipe Harry e de Meghan Markle passam a ser príncipes com a morte da Rainha Isabel II e com a subida de Carlos ao trono, avô de Archie e Lilibet.

Depois da polémica em torno do tema — nomeadamente depois de a duquesa de Sussex ter admitido que preferia que o filho mais velho tivesse recebido o título por razões de segurança — Archie Mountbatten-Windsor e Lilibet Mountbatten-Windsor passam agora a ter o título de príncipes devido às regras estabelecidas pela realeza.

Archie, de três anos, e Lilibet, de um, não tinham, até agora, os títulos de príncipes por duas razões: o protocolo (estabelecido numa carta emitida pelo Rei George VI em novembro de 1917) não determina que tivessem de ser príncipes (por isso não tiveram o título de forma natural) e a Rainha Isabel II não lhes atribuiu o estatuto.

Mas o que diz o protocolo? O documento determina que os bisnetos do monarca não são príncipes, à exceção do filho mais velho do neto mais velho do Rei (ou seja, o bisneto que é o primeiro filho do sucessor ao trono). É o caso de George, primeiro filho de William, que ficou automaticamente com o título por essa razão. Porém, seguindo as normas, Charlotte e Louis também não teriam direito a ser príncipes e Isabel II emitiu um documento legal para que ficassem com o título de Sua Alteza Real.

Não aconteceu o mesmo com Archie e Lilibet, a quem a Rainha Isabel II não atribuiu os títulos. A decisão foi criticada por Meghan Markle, na famosa entrevista a Oprah Winfrey, onde a duquesa de Sussex disse ter ouvido conversas sobre não quererem que a criança fosse príncipe ou princesa, independentemente do género.

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Nessa altura, a mulher de Harry realçou ainda a grande preocupação era a segurança do filho (Lilibet ainda não tinha nascido), já que o título de Sua Alteza Real possibilita um nível de segurança superior a outros membros da família real.

“Enquanto estive grávida, assistimos a conversas sobre ele não vir a ter segurança, sobre o facto de não receber um título e ainda sobre quão escura a pele dele podia ser quando nascesse, tudo ao mesmo tempo”, recordou Meghan Markle. Surpreendida, Oprah Winfrey perguntou prontamente de quem tinham vindo essas conversas, mas a duquesa de Sussex acabou por não responder concretamente, alegando que poderia prejudicar muito as pessoas em questão. Segundo deu ainda a entender, conversas como estas não eram tidas à sua frente, embora lhe chegassem aos ouvidos através do marido.

“Demasiado escuro” seria um problema? — antecipou Oprah Winfrey. “Se foi essa a conclusão que tiraste, chegaste lá”, respondeu Meghan. “Mas isso chegava até mim através do Harry, foram conversas que a família teve com ele. Era muito difícil ouvir isto e achar que eram conversas isoladas”, prosseguiu.

Nessa mesma entrevista Meghan recordou que enquanto estava grávida recebeu a notícia que de o filho não teria o título de príncipe nem direito a segurança. Falou ainda da dor que lhe causou “a ideia do primeiro membro de cor da família real não vir a ter título”.