O número de casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox em Portugal subiu para 917, mais nove do que o total registado na última semana, anunciou esta quinta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Todas as regiões de Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira reportaram casos, dos quais 654 (77,5%) na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo“, adiantou a DGS na atualização semanal sobre a evolução da doença no país.

De acordo com a autoridade de saúde, até quarta-feira, foram reportados 845 casos no SINAVEmed (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), a maior parte dos quais pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos (44%).

Segundo os dados da DGS, 99% das infeções foram registadas em homens (837), tendo sido notificados oito casos em mulheres.

A DGS avançou ainda que a recente média de novos casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox “corrobora a desaceleração observada na notificação e, por aproximação, da transmissão da infeção”.

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Quanto à vacinação pós-exposição, a autoridade de saúde adiantou que, desde de 16 de julho, 479 pessoas já foram vacinadas, continuando a ser identificados e orientados para vacinação os elegíveis nas diferentes regiões.

Na terça-feira, a DGS atualizou a norma, passando a prever também a vacinação preventiva para grupos com risco acrescido para a infeção pelo vírus VMPX.

A vacinação preventiva será operacionalizada nas diferentes regiões do país de acordo com os aspetos técnicos e organizacionais implementados, visando a gestão adequada da disponibilidade, local de administração e utilização das vacinas”, adiantou hoje a DGS.

Segundo a DGS, a estratégia de vacinação contra a Monkeypox pretende reduzir a disseminação e gravidade da infeção com o número de vacinas disponível, que é atualmente muito limitado.

Monkeypox. DGS define grupos prioritários para vacinação preventiva

Os sintomas mais comuns da infeção por Monkeypox são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

O vírus Monkeypox transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.