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Físico ou digital? O artista Damien Hirst queimou várias obras e deixou apenas a versão em NFT

Este artigo tem mais de 1 ano

Damien Hirst criou 10 mil obras originais e pôs à venda em NFT. Depois deixou os compradores trocarem por peças físicas. Quase metade escolheu manter o digital. Então o artista queimou as sobras.

"Damien Hirst: The Currency" Burn Event
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O projeto de Damien Hirst chama-se "Currency"

Getty Images

O projeto de Damien Hirst chama-se "Currency"

Getty Images

O artista plástico Damien Hirst tem o hábito de surpreender, até o mundo da Arte. Seja com as suas obras ou com os fenómenos de venda em que se transformam. Desta vez Hirst decidiu queimar obras suas. Não se trata de grandes telas ou peças detentoras de recordes, mas sim de pequenas folhas de papel com as suas famosas pintas multicolor. O significado envolve evolve uma reflexão que contrapõe a arte física à digital, mais precisamente os NFTs.

Em 2016 Damien Hirst criou uma coleção de 10 mil peças com as suas famosas pintas coloridas, num formato retangular de pequenas dimensões (semelhante a uma folha de papel), todas originais e cada uma destas peças tinha um correspondente NFT, uma versão digital, conta o Telegraph.

Em julho de 2021 lançou o projeto The Currency, no qual permitia aos seus colecionadores escolher trocar o NFT pela obra física. Cada NFT teve um custo de dois mil dólares (que não chega aos 2.100 euros), o que para Hirst pode ser considerado um preço acessível, uma vez que é um dos artistas contemporâneos que consta nas listas com as obras de arte mais caras da atualidade. No fim do prazo de um ano, em julho deste ano, apenas pouco mais de metade escolheram ficar com a obra física, 5149. Por outro lado, 4851 colecionadores decidiram ficar apenas com a versão NFT.

O artista decidiu então queimar todas as pinturas originais que sobraram. A iniciativa teve lugar na Newport Street Gallery, em Londres, esta terça-feira e assumiu quase o formato de um happening, uma vez que houve todo um cenário com várias fogueiras e uma longa mesa onde estavam as obras empilhadas para queimar, como se pode ver no vídeo do Independent, em baixo. Nas paredes estavam penduradas as telas com as obras das pintas coloridas que inspiraram as novas obras mais pequenas. O artista esteve acompanhado por vários assistentes e foi queimando as suas obras enquanto falava com quem assistia. O momento foi filmado, fotografado e observado por profissionais e curiosos. A exposição “The Currency” ficará montada, as peças continuarão a ser queimadas e tudo terminará a 30 de outubro.

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Se fizermos as contas, 4851 peças a dois mil dólares cada uma, resulta num valor próximo dos 10 milhões. Contudo, na véspera do acontecimento, Damien Hirst partilhou um vídeo na sua conta de Instagram com uma legenda, na qual explica: “Muitas pessoas pensam que estou a queimar milhões de dólares em arte, mas não estou, estou a completar a transformação destas obras físicas em NFTs ao queimar as suas versões físicas, o valor da arte digital ou física que é difícil de definir no melhor dos tempos não será perdida, será transferida para o NFT assim que forem queimadas”.

Damien Hirst tornou-se um artista famoso na década de 1990. Ganhou o prestigiado Prémio Turner com uma obra que ficou bem conhecida e consistia num aquário com uma vaca cortada ao meio e mergulhada em formaldeído. O leilão com obras suas realizado pela Sotheby’s em 2008 atingiu o valor de 200 milhões de dólares e revolucionou o mercado da Arte.

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