Os co-fundadores Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva associaram-se à gestora global de ativos Alantra para o lançamento da 33N Ventures, uma nova entidade de capital de risco. Em comunicado, é anunciado que a 33N vai estar focada em investimentos em empresas a trabalhar na área de cibersegurança e software de infraestrutura. Vão estar debaixo do radar desta entidade empresas nos mercados da Europa, Israel e também Estados Unidos.

A 33N vai estar principalmente virada para investimentos em rondas série A e B, tendo uma capacidade de investimento de 20 milhões de euros, “já comprometida pela Alantra e os seus parceiros estratégicos”. A ambição da entidade capital de risco passa por valores mais altos para investimento, com ambição de angariar um fundo de 150 milhões de euros para conseguir investir em mais empresas.

Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva, que estiveram na Sonae IM, o braço de investimento do grupo Sonae, vão ocupar os lugares de managing partners. Estes dois responsáveis já fizeram mais de 20 investimentos em empresas de cibersegurança e software de infraestrutura ao longo dos últimos dez anos. Um dos principais exemplos é o investimento no unicórnio de cibersegurança Arctic Wolf, em 2012, mas há também investimentos feitos na SafeBreach. Os dois co-fundadores já completaram várias “exit” de investimentos, incluindo a Thales ou a Qualcomm, ambas em 2022.

A equipa inicial desta nova entidade de capital de risco vai ser composta por cinco pessoas, que já trabalharam com os dois responsáveis.

“A 33N oferece uma abordagem pan-Europeia e israelita única e tem capacidade para cobrir um investimento de ciclo de vida total com agilidade e apoio ativo que é esperado pelos fundadores”, diz Carlos Moreira da Silva, co-fundador e managing partner. “Trabalhámos todos juntos ao longo de vários anos e estamos a lançar a 33N totalmente formada”, continua.

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Este co-fundador diz que a companhia está preparada para começar a investir “a partir do primeiro dia”, anunciando que já estão à procura de “negócios de elevado crescimento, escaláveis e com potencial global, tecnologia com prova dadas e existência de receitas – e, de facto, já estamos ativamente a explorar várias oportunidades de investimento”.

Já Carlos Alberto Silva refere que, “com a transformação digital segura a ser uma prioridade de topo para governos, instituições e empresas e investidores em todo o mundo, a oportunidade nesta área é enorme”. E recorre aos números. “Só o mercado de cibersegurança deverá chegar a mais de 160 mil milhões de dólares em 2022, com previsões robustas de crescimento a dois dígitos para os próximos anos, à medida que as oportunidades de investimento vão continuar a crescer a um ritmo acelerado.”

Carlos Alberto Silva frisa que a “Europa precisa urgentemente de mais fundos especializados”, que possam “entregar não só investimento mas também competências de crescimento (…)”.

Do lado da Alantra, o CEO Jacobo Llanza, comenta que “o anúncio representa mais um marco no plano da gestora de ativos para desenvolver um negócio de gestão de ativos pan-Europeu altamente especializado e diversificado, que vai aumentar a exposição a estratégias de VC altamente especializadas”.

A 33N vai estar sediada no Porto e promete contar com o apoio de vários empreendedores e especialistas. A lista inclui nomes como Nuno Sebastião, do unicórnio português Feedzai, Brian NeSmith, da Arctic Wolf, ou Pierre Polette, da Hackuity.

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