A Ford anunciou a 26 de Outubro perdas importantes no 3.º trimestre, com prejuízos de 827 milhões de dólares, a que somou quebras nos lucros de 47%. Isto levou à implementação de uma série de medidas destinadas a reduzir os custos, o explica a redução dos investimentos na Argo AI, uma startup especializada em veículos autónomos de que a Ford possui 42% (a mesma percentagem do Grupo Volkswagen) e de que depende para vir a comercializar carros sem condutor. Mas este não foi o único corte a que a Ford se viu obrigada.

Outra das áreas que preocupam a administração da marca norte-americana é o baixo rendimento de alguns dos seus funcionários de “colarinho branco”. Daí que pretenda cortar cerca de 3000 postos de trabalho, entre os cargos de direcção, até 2026.

A Ford aposta agora na identificação dos funcionários de topo que demonstrem uma constante redução do desempenho na empresa. O objectivo, como fez saber o The Wall Street Journal através de um email da Ford a que teve acesso, é confrontar os empregados que considera desmotivados com uma de duas opções: ou aumentam o nível de dedicação e melhoram a sua performance ou recebem uma compensação e são despedidos.

Para permitir a recuperação dos melhores empregados em risco, a Ford criou um programa para o incremento do desempenho. Com uma duração de quatro a seis semanas, é assim dada aos colaboradores a possibilidade de redireccionarem a sua carreira, ganhando ferramentas para que possam maximizar o seu desempenho. A Ford não divulgou em que áreas encontrou a maioria de “colarinhos brancos” de que quer abrir mão, se da área de design ou de engenharia. E, dentro desta última, se estarão relacionados com veículos eléctricos ou, por outro lado, com modelos equipados com os motores tradicionais a combustão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR